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Nº 5759
Esportes

Oskaba domina circuito de aventura

ABIDES OLIVEIRA Editor de Esportes Em 2005, a equipe alagoana Oskaba dominou o cenário das corridas de aventura no Nordeste. Nas 31 provas que disputou, venceu 26, ficou em segundo lugar em duas delas, terminou em terceiro em uma e abandonou apena

Por | Edição do dia 11/12/2005 - Matéria atualizada em 11/12/2005 às 00h00

ABIDES OLIVEIRA Editor de Esportes Em 2005, a equipe alagoana Oskaba dominou o cenário das corridas de aventura no Nordeste. Nas 31 provas que disputou, venceu 26, ficou em segundo lugar em duas delas, terminou em terceiro em uma e abandonou apenas duas. O resultado favorável e positivo, segundo seus membros, é fruto da organização, disciplina e treino. Criada em 2003, a equipe é formada por atletas, que antes de se dedicarem às corridas de aventura, já praticavam algum ou mais de um esporte. Após três anos na estrada, o grupo alagoano passou a ser líder absoluto das competições que participa. Para a equipe, tudo (as conquistas) é fruto da formação esportiva de cada membro. Deborah Feiden, 36, antes de entrar para a modalidade praticava mountain bike e corrida. Sueli Bizarria, 31, praticou natação, vôlei, remo e corrida. Paulo Cézar, 38, Fábio Aragão, 37, e Erickson Vasconcelos, 17, eram triatletas. A Oskaba é a primeira equipe do País a obter três vagas na final do Try On Adventure Meeting, maior circuito de corrida de aventura do Brasil. As três vagas são fruto dos títulos do Circuito Nordestino de Aventura (CNA) e do Try On Adventure Meeting de Alagoas e Paraíba. O grupo alagoano é campeão com duas etapas de antecipação do CNA – ganhou em Alagoas, Bahia e Paraíba. No Try On venceu em Alagoas e Paraíba. Conquistou, nos dois campeonatos, etapas na Bahia, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte. ### Esforço físico e psicológico ao extremo Disputar uma corrida de aventura não é fácil. Uma prova dura, em média, entre 20 e 40 horas, mas pode durar dias. São várias modalidades em disputa. Em uma única etapa, o atleta corre, pedala, rema, escala, nada. Além disso, é preciso ter domínio de orientação (através de bússola) e leitura de mapas. “Fazer uma corrida de aventura é um desafio. Não é nada fácil e o desafio foi um dos motivos que me levaram a praticá-la”, afirma Deborah Feiden. Para Paulo Cezar, a corrida de aventura é uma associação de esforço físico com raciocínio. “Tem que correr pensando no que fazer no decorrer da prova. É preciso sempre pensar. Mas para fazer uma boa competição é necessário estratégia e planejamento aliados ao condicionamento físico e organização da equipe. Sem esses fatores básicos, ninguém vence nada”, avalia Paulo Cezar. Numa prova de aventura o esforço físico e psicológico é extremo. “Mas o cansaço psicológico é muito maior que o físico”, comenta Deborah Feiden. A equipe é formada por quatro atletas. A Oskaba conta com seis membros, três deles são mulheres. Sueli Bizarria, Deborah Feiden e Luana Camargo são as chamadas anjo da guarda no grupo. “Temos o lado psicológico mais tranqüilo. Somos o antiestresse da equipe”, diz Deborah Feiden. Paulo Cezar é o navegador, responsável pelo encontro dos pontos de controle numa prova, leitura de mapas e uso da bússola. Fábio Aragão é o capitão – tem a função de manter a união do grupo, verificar problemas e tentar resolvê-los. Mais novO do brasil Erickson Vasconcelos, 17, é o soldado do Oskaba - responsável por toda a organização e deslocamento da equipe até o local da prova. Erickson, que está na equipe desde o início, é o atleta mais novo do Brasil em corrida de aventura. “O espírito de aventura me levou a participar desse tipo de prova”, revela o ex-triatleta, que começou no esporte aos 15 anos. |AO ### Equipe faz simulação de prova durante treinamento A equipe Oskaba tem dois planos de treinos. Durante a semana, os atletas seguem uma planilha específica para cada. A preparação de segunda a sexta-feira é individual. Aos sábados e domingos o grupo se reúne para fazer simulação de provas. São entre 10 e 12 horas de treino no fim de semana. Muitas vezes o treinamento começa na tarde de sábado e vai até o outro dia. Na simulação de uma corrida de aventura os atletas remam 10km, correm 25km e pedalam outros 65. Entre uma modalidade e outra o grupo descansa, nos treinos, cerca de 20 minutos. Esse período de transição serve para troca de equipamentos, reposição de líquido e alimentação. “Às vezes nadamos até a piscina natural. Ida e volta, em linha reta, chega a 1.500 metros”, garante Paulo Cezar. Durante a simulação ou prova, a equipe ainda leva uma mochila nas costas, que pesa cerca de 5kg, mas pode chegar a 9kg. Após cada prova, um atleta chega a perder de 3 a 4kg. “Perdemos muito líquido”, diz Deborah Feiden. Contusão na equipe é rara. “É muito difícil termos problemas de contusão ou lesão muscular no grupo. Isto é fruto da nossa preparação física e dos treinos. Mas, numa prova ninguém extrapola seu limite. Sempre respeitamos o limite um do outro”, afirma Paulo Cezar. Grande final Para a final do Try On, que será nos dias 11 e 12 de fevereiro de 2006 em São Paulo, duas das três vagas conquistadas pela Oskaba ficarão com os segundos colocados (Try On da Paraíba e Circuito Nordestino de Aventura- CNA). Nesta competição os dois primeiros colocados irão receber R$ 20 mil em patrocínio para a temporada de 2006. Neste fim de semana, a equipe alagoana foi consagrada campeã nordestina na última etapa do CNA, em Recife (PE). |AO ### Nome: Paulo Cézar Idade: 38 anos Profissão: Empresário Função na equipe: Navegador Nome: Fábio Aragão Idade: 37 anos Profissão: Servidor público Função: Capitão Nome: Erickson Vasconcelos Idade: 17 anos Profissão: Estudante Função: Soldado Nome: Sueli Bizarria Idade: 31 anos Profissão: Educadora física Função: Anjo da guarda Nome: Deborah Feiden Idade: 36 anos Profissão: Personal trainer Função: Anjo da guarda

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