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Nº 5822
Esportes

Corinthians n�o teme tradi��o em 2006

| WELLINGTON SANTOS Repórter Dar o status definitivo de um clube grande do Estado ao Corinthians Alagoano para que o time não seja lembrado apenas como formador de jovens talentos prontos para exportação. Mas encarar a temporada do ano que vem na condiç

Por | Edição do dia 11/12/2005 - Matéria atualizada em 11/12/2005 às 00h00

| WELLINGTON SANTOS Repórter Dar o status definitivo de um clube grande do Estado ao Corinthians Alagoano para que o time não seja lembrado apenas como formador de jovens talentos prontos para exportação. Mas encarar a temporada do ano que vem na condição e com a autoridade de quem foi campeão alagoano profissional em 2004. É com esse portfólio que o jovem administrador Alarcon Pacheco, 26, vice-presidente de Futebol do Tricolor da Via Expressa, quer fincar definitivamente seu nome nos anais do futebol na temporada 2006 e brigar de igual para igual com os clubes mais tradicionais. “Respeitamos todo mundo, mas não tememos adversário nenhum. Acreditamos na força da juventude, e iremos brigar de igual para igual com todos”, avisa o jovem dirigente. “Estamos trabalhando com um plantel de 26 atletas cuja base é o time que fez uma bela campanha na Copa Alagipe, com a necessidade de mais quatro atletas da equipe júnior já pré-selecionados para completar o time profissional, totalizando entre 26 e 30 atletas”, diz Alarcon, sobre o planejamento feito pela diretoria do Tricolor. Grande ou “coitadinho” Questionado se o Corinthians usará o argumento ou a tática do time coitadinho - aquele que diz que não fez grandes investimentos para as competições e vai apostar só na juventude, Alarcon rebate: “Essa tática do time coitadinho jamais foi usada por nenhum membro da direção. Foi colocada por alguns setores da imprensa na Copa Alagipe e alguns jogadores, pela juventude, precipitaram-se e entraram nesse clima, mas isso não ocorreu por parte da diretoria e nem ocorrerá”, garante. Episódio nando Sobre o episódio do goleiro Nando, hoje pertencente ao CRB e que segundo o próprio Alarcon teria dado um “balão” no Corinthians com a promessa de contrato com o Tricolor da Via Expressa, ele diz que está superado. “A verdade já foi esclarecida e para mim já está superado. E é vida que segue...” Questionado sobre a postura do dirigente Gustavo Feijó, a quem chamou no episódio de Nando de antiético, Alarcon frisou: “Também está superado e não vamos polemizar mais. Ele defende o dele e eu o meu”. Indagado se considera uma rivalidade ou marketing especial criado entre CRB e Corinthians nos últimos anos, Alarcon Pacheco tem a explicação: “Eu acho que não. Não é marketing. Acredito que não seja também rivalidade. Claro que houve fatos que a gente não pode negar. Mas é claro que existem os jogos mais difíceis, mas não levamos para a questão da rivalidade. Existe a vontade de querer vencer, principalmente com as equipes mais tradicionais. E o CRB ou CSA serão mais um adversário que teremos que enfrentar na competição. Fomos campeões com o CRB e o ASA, que são tradicionais”, diz, ao acrescentar: “A tradição nem o fator torcida ganham jogos por si só hoje em dia. O Flamengo jogou contra o Santo André com o Maracanã lotado e o Santo André foi campeão”. Bastidores e política Sobre o assunto Alarcon prefere não se envolver. “Eu prefiro, em nome do Corinthians, me abster dessa questão. O Corinthians não tem representação política. Mesmo com todo esse envolvimento político, espero que não haja qualquer coisa e que o Campeonato 2006 seja jogado dentro de campo”. ### Alarcon se diz tranqüilo no extracampo Sobre uma possível quebra-de-braço com os clubes tradicionais no extracampo e com a entidade promotora do Campeonato -a FAF -, a exemplo do que aconteceu em 2004, Alarcon Pacheco diz que está tranqüilo: “Acreditamos na FAF e as pessoas que estão nos cargos têm total isenção para administrar. As discordâncias fazem parte do passado”, frisou. Interrogado se não teme a repetição das irregularidades que ocorreram na 2ª Divisão deste ano, Alarcon é taxativo: “O Corinthians estará atento. E se houver irregularidades, iremos pleitear na instância devida e exigir a apuração”. A visão de empreendedor dentro do Corinthians quase leva Alarcon a assumir um posto num tradicional clube do futebol brasileiro o ano passado: o Vitória-BA. Ele diz por que não aceitou o convite do rubro-negro baiano. “Ao chegar lá, tomei pé de uma situação. O Vitória havia sido rebaixado para a 2ª divisão do Brasil e estava com a política de contenção de gastos. Ou seja, não me atraiu muito a proposta do ponto de vista do que eu teria condições de colocar em prática. Preferi ficar no Corinthians por achar que não seria viável. Estou satisfeito aqui, já tenho seis anos, e acho que tenho feito um bom trabalho, porque minha história aqui é vencedora”, ressalta, com autoridade de quem tem carta branca no Tricolor. Ítalo Sobre o time que ele tem a responsabilidade de engrenar para 2006, avalia: “A base será a equipe da Alagipe, com a contratação de seis ou sete jogadores experientes”, completa. Entre esses experientes estão os atacantes Caju, ex-CSA, e Flávio Santos, ex-Americano-RJ, que disputou torneios como Copa do Brasil e Série C do Brasileiro. Indagado se o meia-atacante Ítalo é maior revelação do clube nos últimos tempos, Alarcon minimizou e preferiu coletivizar a potencialidade da geração de atletas formados no time. “Não quero apontar que ele é a grande revelação dos tempos. É diferenciado, mas o Corinthians já revelou outros grandes atletas”. Questionado se o caso das fugas dos atletas Aragoney e Fábio teriam “azedado” a relação com a imprensa e a diretoria do Corinthians Alagoano - cujo desenrolar a Gazeta acompanhou desde as primeiras repercussões este ano, Alarcon resume: “Prefiro não me posicionar sobre esses fatos. O tempo vai se encarregar”, finaliza. WS

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