E deu a l�gica: S�o Paulo e Liverpool na grande final
| AGÊNCIA ESTADO Tóquio - Mesmo a vitória por 3 a 0 sobre o Deportivo Saprissa, da Costa Rica, e o fato de o Liverpool haver chegado à sua 11º partida sem sofrer gols, fez com que Paulo Autuori mudasse o que já havia dito na tarde anterior à partida que
Por | Edição do dia 16/12/2005 - Matéria atualizada em 16/12/2005 às 00h00
| AGÊNCIA ESTADO Tóquio - Mesmo a vitória por 3 a 0 sobre o Deportivo Saprissa, da Costa Rica, e o fato de o Liverpool haver chegado à sua 11º partida sem sofrer gols, fez com que Paulo Autuori mudasse o que já havia dito na tarde anterior à partida que definiu o time inglês como adversário do São Paulo na final do Mundial de Clubes. Vamos manter o time que iniciou a partida contra o Al Ittihad. A partida serviu para que Autuori visse sua tese sobre o Liverpool confirmada. O jogo aéreo é apenas um detalhe. Eles têm uma rotatividade muito grande, mantendo a posse de bola. Aliás, isso é comum nos times da Europa, que têm bons campos e podem treinar bastante. O São Paulo vai enfrentar um time muito ordenado na decisão do domingo. Os jogadores sabem o que fazer. Esperam a hora certa de definir a partida. É um time que entra para não sofrer gols, por isso está há tanto tempo sem sofrer gols. Sabem que uma hora fazem um gol e vencem a partida. O segundo gol do Liverpool impressionou bastante Autuori. É um típico gol de contra-ataque. O meia-esquerda lançou o meia-direita, cruzando todo o campo. Muito bonito. O Cissé é um jogador diferente, sempre tenta algo inventivo. O técnico reconhece que o Liverpool é um time mais forte que o Al Ittihad. Mesmo assim, aposta ele, há algo de bom a se tirar disso. Os árabes não tinham nada a perder. O Liverpool vai nos respeitar mais. Somos um adversário forte também. Não haverá mais a tensão de estréia para os dois times. Bem, agora vamos jogar. Fechar espaços, ter atenção e jogar. Vai ser um grande jogo. O jogo aéreo do Liverpool não apareceu, mas a dificuldade do São Paulo com esse tipo de jogada foi notada no jogo de estréia. É algo com que Autuori se preocupa. Aquele jogo mostrou como eu tenho razão de não gostar do 3-5-2. Há muito espaço à esquerda e à direita do volante, no caso o Josué. Foi daí que saíram os cruzamentos. No Brasil, esse espaço é ocupado com certa lentidão, mas equipes européias, ou treinada por europeus como o Al Ittihad chegam mais rápido a esse posicionamento. É algo com que vamos nos preocupar, sem dúvida. A entrada de Souza, por conta das considerações de Autuori, é a mais provável na partida final. Com ele, e a saída de Edcarlos, o treinador acredita ganhar mais volume de jogo, criando maior número de jogadas ofensivas. É seu esquema preferido e há grande possibilidade de ser utilizado no domingo. Um dia depois de se recusarem a conceder entrevistas, os jogadores do São Paulo voltaram a conversar com os jornalistas ontem. E, ao que parece, mudaram de idéia para explicar a questão da premiação. O goleiro Rogério Ceni - um dos líderes do grupo - garantiu que não houve cobrança dos jogadores por um prêmio pelo título.