Nota 10 exige moralidade na divulga��o das rendas
| WELLINGTON SANTOS E FERNANDA MEDEIROS Repórteres O martelo foi batido. O Programa Cidadão Nota 10 chegou ao futebol e junto com ele a exigência e a promessa de moralidade nas rendas e na divulgação do público, coisa que há muito tempo torcedores, impr
Por | Edição do dia 25/12/2005 - Matéria atualizada em 25/12/2005 às 00h00
| WELLINGTON SANTOS E FERNANDA MEDEIROS Repórteres O martelo foi batido. O Programa Cidadão Nota 10 chegou ao futebol e junto com ele a exigência e a promessa de moralidade nas rendas e na divulgação do público, coisa que há muito tempo torcedores, imprensa e simpatizantes do futebol já alertavam em Alagoas. Vamos divulgar a verdade dos números. Esse negócio de divulgar rendas que não condizem com a realidade acabou, alertou o secretário-executivo de Esporte e Lazer, Alberto Sextafeira, confirmando que a divulgação oficial das rendas foi uma das exigências do governo do Estado para a realização da Campanha Cidadão Nota 10 no Campeonato Alagoano 2006. Esse coro foi de Sextafeira, inclusive, engrossado pelo próprio governador Ronaldo Lessa, que, na partida entre CRB e São Raimundo, pela Série B deste ano, presenciou um estádio quase lotado e se irritou quando foram anunciados a renda e o público do espetáculo. Isso é absurdo, não venham me convencer que aqui tem menos de 10 mil pessoas!, bradou Lessa na época, ao tomar conhecimento pelo locutor oficial de que o público era só de pouco mais de 5 mil pagantes. Temos que ter a parceria de todos os clubes e não apenas da Federação Alagoana de Futebol (FAF). A responsabilidade não pode ser só da FAF. Os clubes também têm que fazer a sua parte. Até porque o contrato de participação na campanha é individual com cada equipe. E aquela que não cumprir as cláusulas contratuais será punida e poderá ser retirada da campanha, reforçou o presidente da entidade, Raimundo Soares. Segundo ele, se o clube for desligado da campanha, terá automaticamente de pagar as taxas e despesas com os jogos. Isso porque com a Campanha Cidadão Nota 10, o governo do Estado investirá R$ 700 mil, que serão destinados ao pagamento de despesas como arbitragem, ambulância, confecção de ingressos, quadro móvel, bolas, impostos e compra do carro-maca. Os clubes se livram dos gastos mais pesados e, em contrapartida, o torcedor poderá trocar cupons e notas fiscais - um total de 15 unidades, independentemente do valor - por ingressos dos jogos. Em cada estádio, o clube mandante do jogo destinará 15% da capacidade de público para os torcedores com os ingressos da campanha. ### FAF garante que irá redobrar a fiscalização nas partidas A FAF promete redobrar a fiscalização nos jogos, em relação às rendas e aos públicos. E quem está acostumado a ir ao estádio sem querer pagar ingresso, ou seja, valendo-se da famosa tática da carteirada, também estará na mira da entidade. Para isso, será feito um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público, no sentido de coibir a entrada de pessoas não-autorizadas de forma gratuita. Vamos ficar atentos, avisa Raimundo Soares. Segundo ele, se forem vendidos 10 mil ingressos será esta a quantidade informada ao torcedor e à imprensa, garante. Ele disse que os próprios dirigentes dos clubes estão interessados que esses valores sejam divulgados corretamente. O presidente do CRB, deputado Celso Luiz, por exemplo, nos procurou solicitando que essa questão seja acompanhada com maior rigor, revelou Soares. Problemas No Alagoano de 2002, quando a campanha foi realizada na competição, o vice-presidente da FAF, Ederaldo Almeida, lembra que os clubes acataram e assinaram o contrato, mas na metade da competição alguns dirigentes reclamaram que os valores destinados aos clubes eram insignificantes. Desta vez, eles têm que assinar o convênio sabendo o que estão fazendo, avisou. O governo não quer manchar a campanha com problemas desse tipo, pois o projeto já ganhou a credibilidade do povo alagoano e das instituições filantrópicas, disse o presidente do CSA, Evandro Lobo, que também é da Secretaria da Fazenda. |WS e FM