app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Esportes

Nota 10 exige moralidade na divulga��o das rendas

| WELLINGTON SANTOS E FERNANDA MEDEIROS Repórteres O martelo foi batido. O Programa Cidadão Nota 10 chegou ao futebol e junto com ele a exigência e a promessa de moralidade nas rendas e na divulgação do público, coisa que há muito tempo torcedores, impr

Por | Edição do dia 25/12/2005 - Matéria atualizada em 25/12/2005 às 00h00

| WELLINGTON SANTOS E FERNANDA MEDEIROS Repórteres O martelo foi batido. O Programa Cidadão Nota 10 chegou ao futebol e junto com ele a exigência e a promessa de moralidade nas rendas e na divulgação do público, coisa que há muito tempo torcedores, imprensa e simpatizantes do futebol já alertavam em Alagoas. “Vamos divulgar a verdade dos números. Esse negócio de divulgar rendas que não condizem com a realidade acabou”, alertou o secretário-executivo de Esporte e Lazer, Alberto Sextafeira, confirmando que a divulgação oficial das rendas foi uma das exigências do governo do Estado para a realização da Campanha Cidadão Nota 10 no Campeonato Alagoano 2006. Esse coro foi de Sextafeira, inclusive, engrossado pelo próprio governador Ronaldo Lessa, que, na partida entre CRB e São Raimundo, pela Série B deste ano, presenciou um estádio quase lotado e se irritou quando foram anunciados a renda e o público do espetáculo. “Isso é absurdo, não venham me convencer que aqui tem menos de 10 mil pessoas!”, bradou Lessa na época, ao tomar conhecimento pelo locutor oficial de que o público era só de pouco mais de 5 mil pagantes. “Temos que ter a parceria de todos os clubes e não apenas da Federação Alagoana de Futebol (FAF). A responsabilidade não pode ser só da FAF. Os clubes também têm que fazer a sua parte. Até porque o contrato de participação na campanha é individual com cada equipe. E aquela que não cumprir as cláusulas contratuais será punida e poderá ser retirada da campanha”, reforçou o presidente da entidade, Raimundo Soares. Segundo ele, se o clube for desligado da campanha, terá automaticamente de pagar as taxas e despesas com os jogos. Isso porque com a Campanha Cidadão Nota 10, o governo do Estado investirá R$ 700 mil, que serão destinados ao pagamento de despesas como arbitragem, ambulância, confecção de ingressos, quadro móvel, bolas, impostos e compra do carro-maca. Os clubes se livram dos gastos mais pesados e, em contrapartida, o torcedor poderá trocar cupons e notas fiscais - um total de 15 unidades, independentemente do valor - por ingressos dos jogos. Em cada estádio, o clube mandante do jogo destinará 15% da capacidade de público para os torcedores com os ingressos da campanha. ### FAF garante que irá redobrar a fiscalização nas partidas A FAF promete redobrar a fiscalização nos jogos, em relação às rendas e aos públicos. E quem está acostumado a ir ao estádio sem querer pagar ingresso, ou seja, valendo-se da famosa tática da “carteirada”, também estará na mira da entidade. Para isso, será feito um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público, no sentido de coibir a entrada de pessoas não-autorizadas de forma gratuita. “Vamos ficar atentos”, avisa Raimundo Soares. Segundo ele, se forem vendidos 10 mil ingressos “será esta a quantidade informada ao torcedor e à imprensa”, garante. Ele disse que os próprios dirigentes dos clubes estão interessados que esses valores sejam divulgados corretamente. “O presidente do CRB, deputado Celso Luiz, por exemplo, nos procurou solicitando que essa questão seja acompanhada com maior rigor”, revelou Soares. Problemas No Alagoano de 2002, quando a campanha foi realizada na competição, o vice-presidente da FAF, Ederaldo Almeida, lembra que “os clubes acataram e assinaram o contrato, mas na metade da competição alguns dirigentes reclamaram que os valores destinados aos clubes eram insignificantes. Desta vez, eles têm que assinar o convênio sabendo o que estão fazendo”, avisou. “O governo não quer manchar a campanha com problemas desse tipo, pois o projeto já ganhou a credibilidade do povo alagoano e das instituições filantrópicas”, disse o presidente do CSA, Evandro Lobo, que também é da Secretaria da Fazenda. |WS e FM

Mais matérias
desta edição