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Nº 5759
Esportes

Enquanto Brasil brilha na areia, dirigentes brigam fora dela

| DA EDITORIA DE ESPORTES O beach soccer do Brasil está entre os melhores do mundo. Enquanto brilha na areia, o País vive um duelo político fora dela. Desfiliada desde o ano passado, a Federação Alagoana e outras entidades travam uma batalha contra a Con

Por | Edição do dia 22/01/2006 - Matéria atualizada em 22/01/2006 às 00h00

| DA EDITORIA DE ESPORTES O beach soccer do Brasil está entre os melhores do mundo. Enquanto brilha na areia, o País vive um duelo político fora dela. Desfiliada desde o ano passado, a Federação Alagoana e outras entidades travam uma batalha contra a Confederação Brasileira de Beach Soccer (CBBS). O presidente da Federação Alagoana, Nilton Gomes, denuncia que Alagoas e outras cinco federações foram desfiliadas em julho do ano passado por questões políticas. “Tudo porque criticamos as posturas tomadas pela presidência da confederação. Mas o problema começou em 2004, quando Alagoas e outros três estados foram desclassificados da seletiva nordestina para o Brasileiro sem explicações nenhum da federação”, afirma. Segundo Gomes, a partir disso, ele passou a fazer duras críticas ao presidente e vice da CBBS (na época, respectivamente, Fúlvio Danilas e Paulo Cézar Fernandes, o Paulão), como falta de transparência nas prestações de contas, contratos para realização de competições e beneficiamento ao eixo Rio-São Paulo. “É preciso que o Paulão (atual presidente da CBBS) aja com independência, pois o Fúlvio continua dando ordens, mesmo estando na Espanha. Até mesmo da agência Octagon-Koch Tavares (responsável pelos contratos e comercialização dos principais eventos promovidos pela confederação). Além disso, as contas devem ser prestadas com lisura até porque, atualmente, a entidade recebe polpudas verbas públicas. Os cinco milhões de reais do contrato como o Banco Popular do Brasil é uma prova disso”, comenta o dirigente, que pretende se lançar candidato a presidência da CBBS na chapa de oposição. Nildo Gomes declara estar disposto, em prol da refiliação de Alagoas, a deixar a presidência da Federação Alagoana, na qual ficaria até 2007. “Um dos grandes motivos da desfiliação de Alagoas foi seu peso de voto. Como a nossa federação é uma das fundadoras da CBBS tem direito a três votos na entidade, além de mais dois”, afirma. RENUNCIA Amanhã, toda a diretoria da Federação Alagoana renunciará ao mandato. Quem vai assumir interinamente a entidade é o presidente do Ortomedh, José Adílson Marciel de Moraes. Segundo o estatuto da entidade, o clube mais antigo tem esse direito. Novas eleições devem acontecer em 30 dias. ### Presidente da CBBS esclarece acusações O presidente da Confederação Brasileira de Beach Soccer (CBBS), Paulo Cézar Fernandes, o Paulão, esclarece as acusações e denúncias feitas por Nildo Gomes, presidente da Federação Alagoana de Beach Soccer. Sobre a desfiliação de Alagoas, Paulo Cézar Fernandes afirma que o presidente da entidade alagoana desrespeitou as disposições estatutárias da CBBS, “ao acusar sem provas e fundamentos o então presidente (Fúlvio Danilas), vice-presidente (Paulão) e presidentes de federações e empresas idôneas parceiras da entidade, enviando e-mails e copiando, inclusive, alguns veículos de comunicação. Faltou com decoro, ética e respeito com os demais filiados”. Com relação a falta de transparência nas prestações de contas e contratos para realização de competições, denunciadas por Nildo Gomes, Paulo Cézar Fernandes, garante que não existe nenhum problema com relação a essas acusações. “Não há qualquer falta de transparência por parte da CBBS. Em todas as assembléias, as prestações de contas foram apresentadas e aprovadas, sem ressalvas, por unanimidade. Ademais, jamais foi negada a qualquer pessoa que tenha legitimidade para solicitá-las. Paulão também afirma que não existe privilégio para o eixo Rio-São Paulo. “Uma prova disso é que a maioria dos nossos torneios vem sendo realizados fora do eixo Rio-São Paulo, em cidades como Vitória (ES), Fortaleza (CE), Aracaju (SE), São Luís (MA), Natal (RN) e Curitiba (PR). Também trouxemos esse grande evento para Maceió (o duelo internacional). O presidente da CBBS finaliza afirmando que não existe monopólio e exclusividade por parte da empresa Octagon-Koch Tavares. “Como a maioria das confederações brasileiras, a CBBS tem um contrato de prestação de serviços com essa empresa, desde sua criação”.

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