Coruripe x CSA: um jogo para entrar na hist�ria do Estadual
WELLINGTON SANTOS FERNANDA MEDEIROS Repórteres Coruripe e CSA, hoje, às 15h15, no Estádio Gerson Amaral, em Coruripe, já é um jogo para entrar nos anais da história do futebol alagoano. Isso porque o confronto tem três fatores que dão o molh
Por | Edição do dia 22/01/2006 - Matéria atualizada em 22/01/2006 às 00h00
WELLINGTON SANTOS FERNANDA MEDEIROS Repórteres Coruripe e CSA, hoje, às 15h15, no Estádio Gerson Amaral, em Coruripe, já é um jogo para entrar nos anais da história do futebol alagoano. Isso porque o confronto tem três fatores que dão o molho para que o torcedor dos dois clubes guarde bem essa data. O primeiro deles é que a partida de logo mais é a primeira oficial entre ambos, visto que jamais se cruzaram em competições oficiais pelo Campeonato Alagoano. O motivo? Quando o CSA desceu da 1ª para a 2ª Divisão em 2003, o então recém-nascido Coruripe disputava a sua primeira competição na 2ª Divisão do Alagoano. Quis então o destino que os dois seguissem na contramão da história. Enquanto o Coruripe conseguia a vaga de acesso para a 1ª Divisão em 2003, o Azulão do Mutange seguia caminho inverso e descia para a Segundona no mesmo ano. Resultado: o CSA não conseguiu se classificar em 2004 para o acesso de 2005, e o Coruripe não só conseguiu se manter na elite, como conquistou o vice-campeonato do Estado, perdendo o título para o Corinthians. Então, em 2005, o Azulão continuou na Segundona, e o Coruripe se manteve no pelotão de elite do futebol alagoano. Campanhas O segundo fator para a grande motivação dos torcedores de Coruripe e CSA são as campanhas que ambos estão fazendo até o momento, na competição. O Coruripe tem justificado o apelido de Hulk dado por sua fanática torcida. Arrasador, o time jogou duas partidas fora de casa. Venceu por 3x0 o Ipanema jogando no Sertão, e repetiu a dose, também fora de casa, pelo mesmo placar, contra o Penedense. Com isso, até agora é o líder isolado no critério de saldo de gols. Já o Azulão, sob grande desconfiança da torcida azulina, surpreendeu em dois clássicos com o volume de jogo alucinante. Empatou por 1x1 com o Corinthians e não tomou conhecimento do tradicional rival ASA, vencendo-o por 3x1. O terceiro fator é que mesmo sem nunca se cruzarem, o jogo é encarado como clássico, apesar de o CSA ser absoluto em títulos estaduais (36). Já o Coruripe credita sua fama por conquistar espaço em tão pouco tempo, com um campeonato da 2ª Divisão, dois vices da 1ª e boa campanha na Série C em 2005. ### Dirigentes falam da emoção da 1ª vez A expectativa para o confronto desta tarde, entre Coruripe e CSA, é de casa cheia. Com o Estádio Gerson Amaral reformado e tendo maior espaço para receber o torcedor - o local ganhou mais 800 lugares, as torcidas dos dois clubes prometem lotar o estádio. Para isso, foram disponibilizados cinco mil ingressos. Desse total, cerca de 800 bilhetes são para a torcida do Azulão. Na prática, o duelo não define nada, não é nenhuma decisão, mas para o CSA, por exemplo, segundo o vice de futebol, Augusto Farias, é o jogo da afirmação dos dois clubes. São dois times grandes, e a partida será muito importante no sentido de afirmação, considera. Para Farias, o Coruripe foi o clube que mais permaneceu com a base para esse Estadual. Além disso, o time está com 100% de aproveitamento, tem seis pontos e joga em casa. Por causa disso, tem um ligeiro favoritismo, afirmou. Mobilização verde O diretor de Futebol do Coruripe, Roswellington Tavares, promoveu para o primeiro jogo oficial entre os clubes uma verdadeira mobilização na cidade. É um jogo para levar multidão ao campo pela expectativa que esse jogo despertou nos torcedores daqui, avalia Roswellington. Segundo ele, o Alviverde é novo, mas já tem duas torcidas organizadas. Além disso, dois dos três artilheiros do Alagoano se enfrentarão. Edson Di, do Coruripe, e Leomar, do CSA. Ambos têm dois gols. |WS e FM