Barcelona (Espanha) - A capacidade do técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, pode ser contestada como a de qualquer outra pessoa que exerça uma atividade profissional. Contudo, há uma característica sua que não é possível ser colocada em dúvida: o treinador da seleção é uma pessoa autêntica, que não consegue esconder - muito menos disfarçar - sentimentos. E isso ficou claro na semana que antecedeu a partida deste sábado, às 16 horas (horário de Brasília), no Estádio Camp Nou, em Barcelona, contra a seleção da Catalunha. Embora amistoso, o jogo é encarado com seriedade pela comissão técnica brasileira. Afinal, trata-se do penúltimo teste antes da estréia na Copa do Mundo da Coréia e do Japão, dia 3 de junho, diante da Turquia. Porém, mesmo a 15 dias do início da mais importante competição do futebol mundial, Scolari não vai poder escalar e, conseqüentemente, treinar o time que considera titular por motivo de contusão em alguns jogadores e outros têm vindo do desgaste de partidas decisivas. No plano tático, Scolari já definiu que vai jogar com três zagueiros. A principal preocupação do técnico da seleção da Catalunha, Pichi Alonso, é com a inexperiência de sua equipe. Para ele, jogar no Camp Nou lotado pode ser um fator intimidatório. “Nossos jogadores podem se deslumbrar, já que são jovens. Então, não vão se arriscar. Por isso, vamos colocar 11 dentro do gol”, afirmou, em tom descontraído. “A Catalunha está preparada para dar uma surpreas”, acrescentou. Brasil: Marcos; Roque Júnior, Edmilson e Gilberto Silva  (Anderson Polga); Cafu, Emerson, Kléberson (Gilberto Silva),  Ronaldinho Gaúcho e Júnior;  Ronaldo e Denilson. Catalunha: Arnau; Geli, Lopo, Alvarez e Morales; Luis Garcia, Celadez, Fernandes, Jordi  Cruif e Roger; Tamudo. Árbitro: Jesus Téllez Sánchez.