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Nº 5759
Esportes

Crise argentina afeta o futebol do pa�s

São Paulo - A crise financeira e política que vem afetando o cotidiano de milhares de argentinos parece que já vem tendo reflexos no desempenho dos clubes portenhos. Pela primeira vez, nos últimos quatro anos, nenhum time argentino estará presente nas sem

Por | Edição do dia 19/05/2002 - Matéria atualizada em 19/05/2002 às 00h00

São Paulo - A crise financeira e política que vem afetando o cotidiano de milhares de argentinos parece que já vem tendo reflexos no desempenho dos clubes portenhos. Pela primeira vez, nos últimos quatro anos, nenhum time argentino estará presente nas semifinais da Copa Libertadores da América. A crise no futebol só não é completa porque a seleção nacional ainda se mantém como uma das favoritas para conquistar a Copa do Mundo de 2002. Quinta-feira, o Boca Juniors, atual bicampeão do torneio e último time argentino que ainda disputava as quartas-de-final da Libertadores, perdeu para o Olimpia do Paraguai por 1 x 0 e se despediu da competição. Antes dele, o River Plate também já havia dado adeus nas oitavas-de-final, ao ser eliminado pelo Grêmio. San Lorenzo e Talleres, por sua vez, não passaram nem da primeira fase. A má campanha dos argentinos na Libertadores (situação que lembra o fiasco das equipes cariocas no último Torneio Rio-São Paulo) chama a atenção se repararmos no recente histórico da competição. O Boca Juniors ganhou as últimas duas edições: em 2000 diante do Palmeiras e em 2001 frente o Cruz Azul (México). No futebol argentino, a crise econômica vem afetando praticamente todos os clubes, que estão endividados e vêm encontrando dificuldades para quitar os salários de seus jogadores. O San Lorenzo, campeão da Mercosul no último mês de janeiro diante do Flamengo - depois que a partida foi ameaçada pelas manifestações de rua em Buenos Aires - não paga seu elenco há vários meses. A seleção argentina parece ser a tábua de salvação do futebol do país neste ano. Uma das principais favoritas ao título da Copa do Mundo ao lado da França, a equipe liderada por Verón sabe o quanto será importante se sagrar campeã na Ásia: “O esporte não resolve todos os nossos problemas, mas pode nos unir para enfrentá-los. Queremos dar alegria ao povo, coisa que os argentinos não têm tido ultimamente”, resumiu o jogador.

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