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Nº 5899
Esportes

Um exemplo de mulher vencedora e de talento

| CBFNEWS A atacante alagoana Marta, 20, nasceu em Dois Riachos e começou no futebol da mesma maneira que milhões de brasileiros - nas peladas de rua, em campos de terra, só que no seu caso em uma condição especial. Era a única mulher entre muitos garoto

Por | Edição do dia 19/03/2006 - Matéria atualizada em 19/03/2006 às 00h00

| CBFNEWS A atacante alagoana Marta, 20, nasceu em Dois Riachos e começou no futebol da mesma maneira que milhões de brasileiros - nas peladas de rua, em campos de terra, só que no seu caso em uma condição especial. Era a única mulher entre muitos garotos e mesmo marmanjos. “Jogava bola com o meu irmão e os garotos em Dois Riachos. Um amigo me viu, gostou e me levou para o Rio de Janeiro”, conta. Marta iniciou a carreira no Vasco, em 2000, onde ficou até 2002. Andou por vários clubes do Brasil, sempre se destacando como artilheira, até chegar à seleção brasileira. Hoje, está no Umea da Suécia, onde em 2005 sagrou-se campeã nacional e foi a artilheira com 21 gols. Em 2005, foi considerada pela Fifa a segunda melhor do ano, atrás somente da alemã Birgit Prinz. A craque do Brasil falou da Suécia ao CBF NEWS. CBFNEWS - O que você acha do crescente interesse da mulher pelo futebol? Marta - Acho que as mulheres de hoje sabem um pouco sobre cada esporte, inclusive futebol, o que não acontecia antes. Estamos provando que temos totais condições de exercer qualquer profissão com qualidade. Não existe mais isso de sexo frágil. O que significa vestir a camisa da Seleção Brasileira para você? É a realização de um sonho. Quando estou em campo defendendo a Seleção Brasileira me sinto respresentante de todas as mulheres do Brasil. O que você acha das conquistas das mulheres no futebol e nos outros esportes? Estamos mostrando todo nosso potencial. Quantas mulheres já não deram glórias nos esportes e fora dele para o Brasil. Somos vencedoras. Qual o seu recado para as mulheres do Brasil? Que continuem a se dedicar cada dia mais, apesar das dificuldades. Somos guerreiras, brasileiras, e não desistimos nunca. Como é o futebol feminino na Suécia? Conseguiu adaptar-se bem? É muito bem organizado, o clube nos dá toda a estrutura. Os suecos adoram o futebol brasileiro e nos admiram muito. Somos muito bem tratadas, com respeito por eles. O que falta ao futebol feminino no Brasil para conseguir organizar-se com competições e firmar-se finalmente? O futebol feminino só existe no Brasil por causa da Seleção Brrasileira. Se não fosse o apoio da CBF, nem se ouviria falar mais. Falta o de sempre, os clubes se organizarem, assim como as federações, para montar campeonatos e torneios.

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