Atleta de jud� afirma que passou por vexame em seletiva
| WELLINGTON SANTOS Repórter Fiquei muito frustrada de sair de Maceió, viajar e simplesmente ser impedida de lutar em São Paulo, pois tinha o objetivo de conseguir a classificação para o Pan-Americano, em Miami. O desabafo foi feito essa semana pela j
Por | Edição do dia 26/03/2006 - Matéria atualizada em 26/03/2006 às 00h00
| WELLINGTON SANTOS Repórter Fiquei muito frustrada de sair de Maceió, viajar e simplesmente ser impedida de lutar em São Paulo, pois tinha o objetivo de conseguir a classificação para o Pan-Americano, em Miami. O desabafo foi feito essa semana pela judoca Thayse Marrie, 18. Thayse, que é filiada à Federação de Judô do Estado de Alagoas (Fejeal), foi a São Paulo nos dias 12 e 13 deste mês participar de uma seletiva da categoria júnior e na hora que se preparava para iniciar a sua primeira luta na competição foi avisada do impedimento, segundo ela, pelos microfones do ginásio. Foi um constrangimento que passei na hora. Além de não poder competir, ainda vi escapar a chance de ir a Miami, disputar o Pan-Americano, frisou ela, que teve de se contentar apenas em assistir ao evento. Briga na Justiça Sobre o motivo que a levou a passar o constrangimento, a atleta explicou: Tudo isso porque a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) alegou que não aceita a Fejeal enquanto federação representativa dos atletas, só a Federação Alagoana de Judô (Faju) e por isso eu estava desclassificada, informou Thayse. E o grande problema reside justamente aí. Existe uma batalha jurídica entre as duas instituições - Fejeal e Faju - com a atual diretoria da Confederação Brasileira de Judô para o reconhecimento legal, com chuvas de liminares. Mas atualmente, a atual diretoria da CBJ reconhece a Faju, muito embora a Fejeal, de qual sou filiada, tenha ganho recentemente uma das ações e faltem só alguns documentos para a CBJ ter que reconhecê-la, frisou a atleta. E mais: Thayse disse ainda que a Fejeal impetrou ação para que a atual diretoria da CBJ responda por apoiar ilegalmente a Faju, ressaltou. O outro lado da moeda Procurado pela Gazeta para responder às acusações de Thayse de que a CBJ apóia ilegalmente a Faju, o presidente da Faju, Nilson Gama, disse que nunca existiu perseguição contra nenhum atleta. Se ela estivesse inscrita como atleta da Faju teria lutado tranqüilamente, alegou Gama. Porém, temos entre 85 e 90% dos atletas filiados à Faju no Estado, porque nós é que temos representação legal, completou. A Fejeal foi fundada em 97, e nós já temos mais de 31 anos de fundação e a credibilidade da imensa maioria dos judocas, finalizou o presidente.