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Ronaldo chega � Copa sem receber press�es

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Rio de Janeiro - Quatro anos atrás, Ronaldo chegou à Copa do Mundo superexposto e com um desgaste que se mostrou impossível de suportar. Apesar de o atacante ter marcado quatro gols e tido alguns flashes de seu talento, a memória que ficou para a torcida foi a de sua letárgica performance na final. Desta vez, depois de dois anos em tratamento, as expectativas são menores. O ?Fenômeno? está descansado e ansioso para mostrar serviço e mandar uma mensagem a todos aqueles que duvidaram que ele poderia voltar a ser o mesmo. As recentes performances pelo Brasil e pela Inter de Milão mostram que o Mundial de 2002 veio na hora certa para ele. Ronaldo finalmente parece estar recuperado das duas operações em seu problemático joelho direito e das dores musculares que o afastaram de quase toda a temporada européia. Máquina de publicidade Uma enorme máquina de publicidade e propaganda está pronta para levantar vôo assim que o atacante retomar a boa fase. No início de sua carreira, na temporada de 1996-97, com o Barcelona, Ronaldo foi uma das personalidades mais fotografadas do planeta. Ele aparecia dirigindo seu carro novo, em Hong Kong, inaugurando seu novo bar, passeando de helicóptero para ir a um shopping center na Copa América, entre outras. Alguns chegaram a dizer que Romário, conhecido por seu estilo ?bad boy? e preferir a vida noturna aos treinamentos, o estava levando para o mau caminho. Enquanto isso, Ronaldo estava colocando seu nome em uma série de produtos em troca de milhões de dólares em patrocínios. Os comentaristas brasileiros começaram a questionar se isso não seria prejudicial para ele, que tinha então 21 anos. O que aconteceu na final da Copa da França parece ter sido uma resposta a eles. Horas antes do jogo, Ronaldo sofreu no hotel o que seus companheiros descreveram como uma convulsão. Sombra letárgica Apesar de ter jogado apenas eventualmente, Ronaldo não mostrou nem um pouco aquele futebol que o consagrou e aterrorizou as defesas adversárias, deixando os brasileiros em dúvida quanto ao possível fim de sua carreira. Desde que sua série de contusões começou, há 15 meses depois da Copa, Ronaldo tentou diminuir o ritmo de sua vida. Ele se desfez da Ferrari com a qual tomou uma multa no Rio de Janeiro por um veículo mais modesto, além de tentar direcionar sua vida para um lado mais cultural. A partir daí, passou a patrocinar eventos. Enquanto Romário deu continuidade a seu estilo boêmio de vida, Ronaldo se casou com Milene, a rainha das embaixadinhas - e teve um filho - Ronald. Nascido em um subúrbio na zona norte do Rio de Janeiro, sempre se manteve fiel a suas raízes, apesar de a modéstia nunca ter sido seu ponto forte. ?Tenho certeza de que irei à Copa do Mundo?, disse ele, após voltar à Seleção Brasileira no amistoso contra a Iugoslávia, em março. ?Quero voltar devagar, mas continuo muito ambicioso. Em minha carreira, sempre conquistei tudo o que queria. Meu objetivo é voltar a estar entre os melhores. Sei que isso pode demorar, mas voltarei?. Apesar de suas recentes tentativas de pregar os valores familiares, sua reputação - o que acontece muito entre os jogadores brasileiros - continua à frente de si mesmo. Sua decisão de voltar ao Brasil em fevereiro para continuar a sua briga para voltar à boa forma física foi muito criticada na Itália, já que coincidia com o Carnaval. Furioso, Ronaldo se negou a conversar com a imprensa italiana por dois meses -mesmo que ele tenha passado uma noite no Sambódromo como convidado de uma cervejaria. Como não poderia ser diferente, ele já voltou ao mundo das propagandas e começou a promover uma rede de telefonia celular antes mesmo de voltar a jogar.

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