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Emerson � o capit�o de todos

Kuala Lunpur - Do goleiro Marcos ao atacante Ronaldo não há quem não veja hoje na Seleção o volante Emerson como referência de time valente e dinâmico, como quer o técnico Luiz Felipe Scolari. Um jogador de poucos dribles e cuja principal característica é a de desarmar os adversários prima por um status no grupo que poucos desfrutam. Scolari é um dos mais entusiasmados ao falar do atleta da Roma. O Emerson é quem comanda a marcação, é o xerife dali, fala, esbraveja, grita, corre, ocupa os espaços. O elogio espontâneo do treinador repercutiu entre os mais experientes da equipe. Marcos chegou a dizer que Emerson guarda semelhanças de estilo com os ex-capitães campeões do mundo Carlos Alberto Torres e Dunga. O Brasil conquista títulos quando dispõe de um jogador que impõe respeito, é sério e leva a equipe dentro de campo; hoje essa pessoa é o Emerson. Ronaldo também parece convicto do papel do volante e criou uma expressão para reforçar a importância de Emerson no time: Ele é o capitão-capitão. Ninguém é campeão sem um cara com o perfil dele. A forma de pressionar os adversários, com movimentação constante, rendeu a Emerson participação no segundo gol do Brasil, contra a Catalunha, no sábado. Ele surpreendeu um zagueiro catalão ao tirar-lhe a bola no ataque da Seleção. Em seguida, Ronaldinho Gaúcho fez o gol. Satisfeito com as palavras dos companheiros e se esforçando para manter discurso humilde, Emerson garantiu que a função especial dentro da equipe não vai modificar sua maneira de jogar, muito menos seu caráter. Se eu não fosse o capitão, atuaria da mesma forma, garantiu. Talvez tenha sido essa espontaneidade que tenha feito o professor optar por mim. O volante sabe que para Scolari a responsabilidade do capitão do time vai muito além do trabalho de sortear de que lado do gramado a equipe vai iniciar a partida. Ele (Scolari) cobra muita motivação. E espero contribuir nesse ponto, disse o escolhido.