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Nº 5759
Esportes

Scolari define os cobradores de faltas

Kuala Lumpur, Malásia - Jogadas brilhantes, nas quais os craques demonstram habilidade, velocidade e inteligência, sempre deram o tempero mais apreciado pelos admiradores do futebol. No entanto, há momentos em que isso não resolve e, em um lance de bola

Por | Edição do dia 23/05/2002 - Matéria atualizada em 23/05/2002 às 00h00

Kuala Lumpur, Malásia - Jogadas brilhantes, nas quais os craques demonstram habilidade, velocidade e inteligência, sempre deram o tempero mais apreciado pelos admiradores do futebol. No entanto, há momentos em que isso não resolve e, em um lance de bola parada, pode-se decidir o resultado de uma partida. Quem não se lembra da final da Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1994. Brasileiros e italianos precisaram ir aos pênaltis para resolver quem seria o tetracampeão mundial. Naquele caso, uma falta bem cobrada teria evitado uma série de sofrimentos, além, é claro, da frustração em se vencer nas penalidades. Por isso, o técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, faz questão, sempre, de ressaltar para seus jogadores a importância das jogadas de bola parada. Na realidade, tenta passar ao grupo uma filosofia que sempre o acompanhou em seu trabalho nos clubes brasileiros. Seja no Palmeiras ou no Grêmio, equipes nas quais se destacou como treinador, seu estilo sempre foi o do futebol aguerrido, com cobranças de escanteio e faltas tendo importância destacada. Os principais alvos de Scolari são os meias Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo e o lateral-esquerdo Roberto Carlos. Os três devem dividir a responsabilidade pelas cobranças de falta durante o Mundial. Entusiasmado ao falar sobre o assunto, o técnico até lembrou de casos passados. “Uma vez, quando ainda estava dirigindo o Cruzeiro, pedi a contratação do Marcelinho Carioca ou do Arce”, contou. “Todo time tem de ter um bom cobrador de faltas. Isso pode decidir uma partida e, claro, uma competição.” Recado Para Ronaldinho Gaúcho, a cobrança de faltas sempre foi uma parte do treinamento que precisou e teve toda sua atenção. Autor de dois gols na vitória por 3 a 1 contra a seleção da Catalunha - amistoso disputado no sábado, em Barcelona -, o atleta contou o que faz para aferir a “mira”. “Normalmente, no Paris Saint-Germain, cobro de 30 a 50 faltas todos os dias”, afirmou. Já Roberto Carlos, outro favorito de Scolari para a função de cobrador, concordou integralmente com o treinador. “É claro que uma Copa do Mundo pode ser decidida em uma cobrança de falta”, disse. “Por isso, sempre conversamos (ele e o treinador) sobre esse assunto”. Para o meia atacante Rivaldo, que deve dividir com Roberto Carlos as cobranças de falta pelo lado direito do ataque brasileiro, essa questão tem dois aspectos. O primeiro é a possibilidade de se vencer um jogo por meio de bola parada. No entanto, outro fator o preocupa. “A gente pode ganhar e perder partidas por causa de cobranças de falta e escanteios”, observou. “Por isso, precisamos não só treinar as cobranças, como também evitar que elas aconteçam próximas à nossa área.”

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