Blatter comanda a Fifa por mais quatro anos

Seul - O suíço Joseph Blatter, de 66 anos, foi reeleito, ontem, presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e comandará a entidade por mais quatro anos. O dirigente venceu o camaronês Issa Hayatou por 139 votos a 56. Blatter, que assumiu a presidência da entidade no dia 8 de junho de 1998, vem sendo acusado de várias irregularidades e viveu um turbulento final de primeiro mandato. ?O povo do futebol não é mentiroso?, afirmou Blatter, depois de conquistar a esmagadora vitória sobre seu adversário, em uma clara referência à intensa campanha eleitoral realizada. Nos últimos meses, Blatter foi acusado, inclusive judicialmente, de corrupção e mau uso do dinheiro da Fifa. Blatter, que voltou a atacar o sueco Lennart Johansson, presidente da Uefa, pelas acusações, agradeceu o apoio e os votos em quatro idiomas (francês, inglês, espanhol e alemão). O primeiro a quem ele agradeceu, com um beijo no rosto, foi o presidente da Federação Argentina de Futebol (AFA), Julio Grondona, um de seus principais cabos eleitorais, assim como o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. Os países do norte da África e da Concacaf, além de parte da Europa, também demonstraram, nas urnas, o apoio à reeleição do dirigente suíço. O camaronês Issa Hayatou reconheceu a derrota imediatamente e em seguida deu os parabéns ao adversário. ?Agradeço o apoio de todos os congressistas, pois cinqüenta e seis votos não são pouca coisa?, afirmou. ?Agora vou tratar de ajudar a Fifa, como presidente da Federação Camaronesa e da Confederação Africana de Futebol?, concluiu. União Angel María Villar, presidente da Federação Espanhola de Futebol, defendeu, após a reeleição de Blatter por mais quatro anos à frente da presidência da Fifa, a união entre os dirigentes. ?Agora quem ganhou não deve ser prepotente e os que perderam não devem ser rancorosos. Como já disse o presidente e o candidato, vamos trabalhar todos juntos para unir essas distâncias que não são grandes?, disse Villar, que ontem se incorporou a uma das vice-presidências da entidade, cargo que, até agora, nenhum espanhol havia alcançado.