Goleadores usam bem a cabe�a no Mundial-2002

São Paulo - A cabeça vem fazendo a diferença nesta Copa do Mundo da Coréia e do Japão. Em 22 partidas disputadas os matadores estão bastante afiados, e, aproveitando cruzamentos precisos, vêm marcando gols decisivos. Até agora, dos 58 concluídos, 13 foram em jogadas aéreas, totalizando 22,41% de aproveitamento. Dos oito grupos do Mundial, apenas em dois deles (G e H) ainda não foi utilizado esse recurso. Na madrugada desta sexta-feira foram marcados dois gols de cabeça. Pelo Grupo B, na vitória espanhola sobre o Paraguai por 3 a 1, os ibéricos fizeram o gol de empate com Morientes, aos sete minutos do segundo tempo. No outro jogo, pelo Grupo F, na derrota de 2 a 1 para a Suécia, Aghahowa inaugurou o placar para a Nigéria, após receber cruzamento da direita deYobo. A Alemanha acabou exagerando na estréia do Grupo E. Na goleada por 8 a 0 sobre a Arábia Saudita, cinco gols foram feitos dessa maneira, sendo três deles por Klose, aos 20 e 25 minutos do primeiro tempo e 24 minutos da etapa complementar; outro com Ballack aos 40 minutos do primeiro tempo e com Linke aos 2 minutos do segundo tempo. Mas não foram só os alemães que aproveitaram. A Argentina também utilizou a cabeça para vencer a Nigéria por 1 a 0, conquistando os seus três primeiros pontos no Mundial. E para variar também consagrou o atacante Batistuta, que ao marcar aos 17 minutos do segundo tempo, não só derrotou o adversário, como também escreveu seu nome na história das Copas, sendo o principal artilheiro argentino com 10 gols. Também pelo Grupo F, no empate por 1 a 1 entre Inglaterra e Suécia, no estádio de Saitama, no Japão, o zagueiro Campbell mostrou que é versátil. Além de defender bem, soube atacar, finalizando a jogada aos 24 minutos do primeiro tempo. No grupo A, em Ulsan, a Dinamarca precisou usar a cabeça para festejar a vitória frente ao Uruguai por 2 a 1. O autor do gol da vitória foi Tomasson, aos 37 minutos do segundo tempo. Pelo grupo B, Arce, jogando pelo Paraguai, demonstrou a sua eficiência como se estivesse no Palmeiras e serviu, na medida, para seu companheiro de seleção Roque Santa Cruz marcar, aos 38 minutos do primeiro tempo, no empate por 2 a 2 com a África do Sul. Pelo Grupo C a jogada aérea também funcionou mais uma vez. Na vitória de Costa Rica por 2 a 0 sobre a China, de Bora Milutnovic, o zagueiro Wright marcou seu gol aos 19 minutos do segundo tempo. No Grupo D a história se repetiu e os Estados Unidos precisaram da eficiência de McBride para decretar a vitória diante de Portugal por 3 a 2. O atacante do Columbus Crew marcou o terceiro gol, aos 36 minutos do primeiro tempo. 1998 - O Brasil usou a cabeça na campanha do vice-campeonato, na França, em 98. Foram três gols. Na vitória por 2 a 1 sobre a Escócia, no dia 10 de junho, César Sampaio aproveitou a jogada. Na derrota para a Noruega, pelo mesmo placar, no dia 23, Bebeto marcou e no dia 27, quando goleou o Chile por 4 a 1, nas oitavas-de-final, César Sampaio voltou a utilizar a cabeça. Mas se a seleção do técnico Zagallo fez três gols, também sofreu três, sendo dois na final com Zidane, quando perdeu da França por 3 a 0, no fatídico dia 12 de julho, no Estádio De France. Contra o Chile, o artilheiro Marcelo Sallas também utilizou o mesmo recurso.