Wilmotts � a amea�a para a zaga brasileira

Shizuoka, Japão - A defesa brasileira - que não andou bem na primeira fase da Copa do Mundo - que se cuide com o ataque belga. O experiente Wilmotts já mostrou que pode ser a pedra no caminho da Seleção Brasileira rumo ao penta. Aos 33 anos, Wilmotts tem confirmado na Bélgica tudo o que se diz sobre ele na Alemanha, onde defende o Schalke 04: é muito mais do que um artilheiro implacável. É o jogador que desequilibra, alguém que não costuma falhar nos momentos mais difíceis. Os três primeiros jogos da Bélgica na Copa confirmam essas informações. Marc Wilmotts fez gols nos três - um deles de bicicleta, contra o Japão, na estréia. Além disso, é um jogador que também participa coletivamente. Volta, marca, se desloca o tempo inteiro. Chega a perder cinco quilos por partida quando a temperatura é muito alta. No jogo de sexta-feira não foi diferente. Além do gol (o terceiro) que sacramentou a classificação da Bélgica, Wilmotts teve uma participação decisiva comandando a equipe. Difícil mesmo foi falar com ele na zona mista. Wilmotts driblou os jornalistas e saiu sorrindo, apontando para Johan Wallem, outro destaque belga que teve participação decisiva na vitória. “Estou duplamente feliz, pela classificação e pelo placar. Gols sempre motivam uma equipe para o futuro”, disse Wallem, rapidamente. A grande maioria dos belgas, a exemplo do técnico Robert Waseige, não quis fazer previsões para o jogo contra o Brasil. Só o goleiro Geert De Vlieger arriscou uma frase tola. “Nós ainda estamos vivos. Quem pensa que a Bélgica já morreu só porque vai enfrentar o Brasil, pode ter uma grande surpresa”. Já o veterano Strupar foi mais comedido na hora de falar sobre o jogo contra o Brasil. “Eles são os grandes favoritos, mas você nunca sabe o que vai acontecer no futebol. Eu estou otimista”. Ao analisar o adversário, porém, reconheceu que a defesa brasileira é o ponto mais fraco.