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Espanh�is preocupados com a sele��o coreana

Ulsan, Coréia do Sul - O técnico da seleção espanhola, José Antônio Camacho, fez um alerta a seus jogadores, ontem, algumas horas depois da vitória da Coréia sobre a Itália. Para o treinador será preciso todo cuidado com o time coreano, adversário da Espanha nas quartas-de-final da Copa do Mundo. A Coréia será um adversário dificílimo, como eu já havia dito e como ficou provado no jogo de ontem, disse ele, em Ulsan. Eles (coreanos) conseguiram reverter um placar adverso (a Coréia perdia e virou o jogo) e eliminaram uma equipe forte, altamente competitiva e com grande tradição, salientou. Segundo Camacho, a Espanha deve cercar-se de cuidados o jogo todo. Eles imprimem muita velocidade ao jogo. Correm o tempo inteiro e pressionam os 90 minutos, avaliou o treinador. Apesar de pressão, Camacho garante que seu time está preparado. Temos estrutura para suportar a pressão que a torcida deve exercer, afirma ele. A partida Coréia x Espanha está marcada para o dia 22, em Gwangju. Itália Não quero falar de complô, mas sim de situações negativas: desde o início já se viu para onde soprava o vento, afirmou o técnico Giovanni Trapattoni, após a desclassificação da Itália pela Coréia por 2 a 1 pela Copa de 2002. Falam de fair play e se vêem essas coisas no campo. Não se pode jogar um Mundial com auxiliares incapazes, acrescentou, recordando os gols anulados da Itália na primeira fase. Jamais vivi um momento tão negativo em minha carreira. A eliminação da Itália provocou reações diversas, que foram do silêncio às duras críticas pelo sistema tático adotado pelo técnico Giovanni Trapattoni. A imprensa esportiva italiana, nos programas de rádio e TV, pediu a renúncia imediata do treinador e mudanças radicais em toda a organização do futebol italiano. A Itália tem 56 milhões de técnicos e é lógico que todos coloquem Trapattoni no banco dos réus, responsabilizando-o pelo fracasso, afirmou Franco Melli, do jornal Il Tempo. Para ele, Trapattoni deve deixar imediatamente a seleção, equipe que não mostrou nada, nenhuma criatividade, merecendo a eliminação. Já para Gaetano Imparato, do jornal La Gazzetta dello Sport, considerou que se trata de uma eliminação que é culpa de todos. Vittorio Zucconi, do La Repubblica, também foi duro na sua manifestação à rede estatal de TV Rai-1. Há muitos anos as nossas equipes passam por papelões e agora temos de agüentar essa desclassificação com jogadores em fim de carreira, disse. Está claro que o futebol italiano tem de olhar no espelho e pôr ordem na casa.