Americanos mostram evolu��o com a presen�a do jovem atacante Donovan

Ulsan, Coréia do Sul - O atacante Landon Donovan, de apenas 20 anos, é a maior promessa do futebol norte-americano. Ele surgiu para o mundo, aos 16 anos, quando disputou o Mundial sub-17 da Nova Zelândia, em 1999. Em 2000, foi o destaque da equipe norte-americana que disputou as Olimpíadas de Sydney. No ano seguinte, com a equipe sub-23, apareceu bem no Mundial da categoria, disputado na Argentina. Agora é um dos grandes nomes da Copa do Mundo, apesar de jogar pelos Estados Unidos, que têm pouca tradição no futebol. Desde que Donovan passou a participar dos jogos da seleção dos Estados Unidos, a equipe começou a conquistar posições de destaque dentro do contexto internacional. No Mundial sub-17 e na Olimpíada, os Estados Unidos ficaram com a quarta colocação, surpreendendo as mais tradicionais potências. No Mundial sub-23, o time chegou às oitavas-de-final, quando perdeu para o Egito por 2 a 0. Atualmente, Donovan é um dos principais destaques da equipe norte-americana, que disputará contra a Alemanha as quartas-de-final da Copa do Mundo. É a melhor colocação dos Estados Unidos em um Mundial, desde 1930. Quem deve lucrar com o jovem jogador é o Bayer Leverkusen, que tem contrato assinado com o atleta, desde 1999. Mas os alemães jamais utilizaram o atacante em sequer uma partida da Bundesliga. O San José Earthquakes, que disputa a Major League Soccer (MLS), é o atual clube de Donovan, campeão norte-americano de 2001. Depois dos dois gols que fez na Copa do Mundo do Japão e da Coréia e também das boas atuações, Donovan se transformou em uma espécie de ídolo dos norte-americanos e é a grande esperança de alavancar o futebol em seu País. Em toda a história do futebol dos Estados Unidos, o País jamais havia produzido um jogador tão promissor. O meia-atacante é a capa da semana da revista Sports Illustrated. Pressão A partir de agora, Donovan deverá começar a sentir a pressão do povo norte-americano, que, por causa do talento do jogador, passou a acompanhar, ainda que discretamente, a Copa do Mundo. “Trata-se de um garoto que nunca teve a oportunidade de disputar grandes jogos. Mas ele está demonstrando que pode fazer isso com muita habilidade”, disse o técnico Bruce Arena, que, há alguns meses, não apostava no talento do “menino de ouro norte-americano”. “De fato ele começou a se destacar nos últimos meses”, completou. No Campeonato da MLS de 2001, Donovan marcou sete gols em 22 jogos. Pela seleção, ele também já balançou as redes em sete oportunidades, mas em 27 partidas. Depois da Copa do Mundo, ninguém sabe o que vai acontecer com o jogador, que pode voltar para o Bayer Leverkusen, ficar no San José ou ainda ser negociado com outra equipe européia. “Quando estive lá na Alemanha, vivia uma vida de certa forma miserável e não tive a oportunidade de melhorar, porque só fiquei no banco”, afirmou o jogador. Caso volte à Alemanha, o tratamento ao atleta deverá ser outro, começando pelo salário. “Ele é muito jovem, mas é óbvio que terá uma carreira brilhante”, disse o técnico da Alemanha, Rudi Voeller.