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Rivaldo muda sua imagem como jogador da Sele��o

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Tóquio, Japão - A final deste domingo oferece para Rivaldo a chance de mais uma vez convencer - a quem ainda não acredita - que ele é um dos melhores jogadores do Brasil que já existiram e que merece um lugar de destaque. Apesar de ter no currículo grandes partidas com a camisa da seleção, participações em grandes clubes do Brasil e da Espanha e de ter sido escolhido o melhor jogador do mundo pela Fifa em 1999, o jogador de 30 anos ainda encontra quem o critique e sente-se como se tivesse algo para provar. Isso não é nada de novo para um jogador e um homem, que dedicou toda a vida para lutar por reconhecimento. Rivaldo nasceu no Recife, pobre, e vendia souvenirs para turistas, e como todo brasileiro de classe social baixa, sonhava ser jogador de futebol, coisa que fazia na praia. Esforços A morte do pai quando tinha 16 anos obrigou ele a se esforçar ainda mais em busca do desejo paterno, que sonhava ver o filho Rivaldo se tornar um jogador profissional. O duro início serviu também para que Rivaldo sempre estivesse atento aos mais necessitados e à caridade, tanto na cidade natal dele como em Barcelona. “Muitas pessoas vivem em pobreza, e por causa do meu nome e da minha posição, sei que posso oferecer uma ajuda”, disse. Dureza O começo de carreira não foi fácil para o craque. Depois de atuar no Santa Cruz, foi no Mogi Mirim, time do interior de São Paulo, que Rivaldo conseguiu pela primeira vez chamar a atenção dos grandes times e provar que era merecedor de uma chance. “Ninguém acreditava em mim naquela época”, explicou. “Me diziam que os outros poderiam ser estrelas, mas eu não deixei aquilo me abalar”. No Corinthians, começou a jogar em 1993 e foi transferido para o Palmeiras no ano seguinte, onde conquistou títulos e glória no Brasil. A Europa descobriu o futebol de Rivaldo e depois de passar pelo La Coruña, ele foi negociado em uma lucrativa transação com o Barcelona. Sem estilo de jogador de futebol, alto e muito magro, o meio-campo canhoto suou para alcançar reconhecimento internacional, mas ainda luta para agradar e convencer o público brasileiro. Rivaldo nunca perdeu a confiança nele próprio e contou com a ajuda do técnico da Seleção Brasileira para apagar a imagem que muitos faziam de que ele era um excelente jogador de clube, mas não para atuar com a camisa do Brasil. “Luiz Felipe Scolari colocou muita fé em mim”, disse Rivaldo. “As pessoas criticavam meu futebol e diziam que eu não deveria estar na seleção, mas ele me disse que eu tinha o meu lugar assegurado e não precisava me preocupar com as críticas. É muito bom o técnico acreditar na gente. Ele me deu confiança e disse que meu lugar estava garantido”. No domingo, a partir das 8h da manhã, quando o Brasil disputa a final do Mundial de 2002, alguns dos 170 milhões de brasileiros que ainda não acreditam terão outra chance para finalmente concordar.

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