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Nº 5759
Esportes Daniel Alves reforçou que foi consensual relação com a mulher que o acusa de estupro e defesa pede absolvição do jogador

Caso Daniel Alves: jogador chora em julgamento e nega agressão sexual

Ele se emocionou no tribunal em Barcelona; não há prazo definido para a apresentação da sentença final

Por GE | Edição do dia 08/02/2024 - Matéria atualizada em 08/02/2024 às 04h00

No último dia do seu julgamento no Tribunal Provincial de Barcelona, Daniel Alves chorou e negou a acusação de agressão sexual contra uma mulher, em uma boate da cidade, em dezembro de 2022. Na audiência dessa quarta (7), o jogador detalhou o que afirmou ter sido uma relação sexual consensual e declarou que “estava praticamente arruinado” com as consequências do caso, como contas bloqueadas e perdas de contrato.

“Ela estava na minha frente e começamos a relação. Lembro que ela sentou em mim. Não sou um homem violento. Não a forcei a praticar sexo oral forçadamente. Ela não me disse nada. Estávamos desfrutando os dois e nada mais”, declarou Daniel Alves.

Ele descreveu no tribunal como foi relação, inclusive com penetração, repetindo a sua quarta versão sobre o caso. E disse ter se surpreendido ao saber que estava sendo acusado de estupro.

Dani Alves se emocionou no tribunal e comentou que ao longo daquele dia e noite, tomou uma quantidade grande de bebida alcoólica. No restaurante e no bar que ele e os amigos se reuniram antes de irem para a boate, ele disse ter tomado em torno de duas garrafas de vinho, um copo de uísque e rodadas de gin tônica.

Ouvidos todos os depoimentos ao longo dos três dias de julgamento, a advogada da denunciante, Ester García, criticou Daniel Alves, a quem apontou ter “se colocado numa posição totalmente de vítima”. Enfatizando um cenário de violência, reforçou o pedido pela pena máxima, de 12 anos de prisão. “Não é não. Ela disse ‘quero ir já’. Ele sabia que ela não queria pois ela tinha manifestado. Ele deu tapas na cara. Ato de humilhação, disse a advogada de acusação.

Já a advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, pediu a absolvição do brasileiro. Declarou que o jogador “não se limitou a dar uma versão” e “está verificado por elementos periféricos”.

Não há prazo definido para a apresentação da sentença final. A imprensa espanhola indica que a decisão pode sair dentro de um mês. Cabe recurso no Tribunal de Apelação, segunda instância da Justiça espanhola. A Justiça impôs a Daniel Alves o pagamento de € 150 mil (R$ 801 mil) caso seja condenado, a título de danos morais e psicológicos. O montante serviria como atenuante de pena.

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