Queda de energia el�trica provoca revolta e protestos

Houve revolta e protestos entre torcedores dos bairros da orla marítima e de outras áreas de Maceió: eles ficaram impossibilitados de ver o segundo tempo do jogo do Brasil, inclusive os gols do pentacampeonato, por falta de energia elétrica. O problema foi causado pela falta de estrutura do serviço para enfrentar chuvas intensas. Os moradores tentaram sair às pressas de casa para não perder os melhores lances, mas se depararam com ruas completamente alagadas e ficaram enfurecidos. Outros tentaram formas alternativas de assistir à partida. Foi o caso da empresária Helenilza Calheiros Maia Gomes, moradora da Pajuçara, que viu os últimos 15 minutos finais do jogo numa televisão ligada por um gerador de energia, no sagüão do prédio onde mora. “É um absurdo a gente perder uma partida histórica destas por deficiência do serviço de energia elétrica, não me conformo com isso”, falou Helenilza. O corretor de imóveis, Arlindo Lopes residente na Jatiúca, foi obrigada a ver o jogo num pequeno aparelho de televisão de carro, em preto e branco, junto com a esposa e os três filhos. O problema atingiu até mesmo o bairro do Prado, onde a dona de casa Valderez Montenegro teve que se contentar em ouvir pelo rádio o segundo tempo de jogo. A bancária Maíra José de Azevedo, moradora da Ponta da Terra, perdeu o final do jogo porque tentou sair de casa e não conseguiu com tantas ruas alagadas. O superintendente de Operações, Mateus Lucena, da Companha Energética de Alagoas (Ceal), explicou que a falta de energia elétrica foi provocada por problemas nos disjuntores instalados na subestação da Pajuçara. Conforme Mateus, um dos disjuntores explodiu e acabou prejudicando o funcionamento dos demais, o que demorou das 9h20 até 12 horas para serem consertados. Mateus disse desconhecer a causa da explosão, mas suspeita de que pode ter sido provocada pela chuva. “Acredito que nesta semana teremos conhecimento da causa da explosão”, acentuou, acrescentando que a equipe da Ceal se dirigiu de imediato ao local para resolver o problema. O superintendente lamentou que a falta de energia tenha deixado muitos alagoanos sem assistir à vitória do Brasil. “A Ceal não podia prever esse problema, por isso espero a compreensão dos alagoanos”, afirmou.