Nota de repúdio
CBF cobra Conmebol por caso de racismo no Sul-Americano Sub-20
Rayan, atacante do Vasco e da Seleção Brasileira Sub-20, foi alvo de racismo durante vitória do Brasil contra a Bolívia


Após o atacante Rayan ter sido vítima de racismo durante a vitória por 2 a 1 da Seleção Brasileira sobre a Bolívia, pelo Sul-Americano Sub-20, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entrou com uma representação na Conmebol contra as ofensas sofridas pelo jogador.
Ao fim do confronto, disputado nesse domingo (26), na Venezuela, os atletas da Seleção Brasileira denunciaram o caso para a equipe de arbitragem do jogo. Rayan afirma ter sido chamado de “mono” (macaco, em espanhol). Além disso, o atacante do Vasco alegou ter visto o goleiro da Bolívia, Fabián Pereira, imitando o animal.
Em nota, a CBF repudiou o caso de racismo sofrido por Rayan e cobrou um posicionamento da Conmebol e das autoridades da Venezuela.
“A CBF enviou uma representação à Conmebol e às autoridades locais em protesto contra os atos racistas sofridos pelo atacante Rayan, da Seleção Brasileira Sub-20, na vitória deste domingo (26) contra a Bolívia, na Venezuela, pelo Sul-Americano da categoria. O Brasil venceu a partida por 2 a 1”, diz trecho da nota.
E segue: “A CBF condena veementemente qualquer tipo de ação discriminatória no futebol e não tolera casos de racismo no esporte. No final do jogo, Rayan relatou ter sido chamado de “mono” (macaco, em espanhol) e visto o goleiro boliviano, Fabián Pereira, fazer o gesto imitando um macaco em sua direção. Imediatamente, Rayan denunciou ao quarto árbitro e ao árbitro do jogo, assim como todo o time brasileiro. No vestiário, após o término do jogo, ele reiterou os gestos racistas feitos pelo atleta boliviano”.
MAIS RACISMO
O zagueiro Léo, do Athletico-PR, prestou queixa na Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) nessa segunda (27), em Curitiba, após ser vítima de ofensas racistas no clássico com o Coritiba, sábado (25), pelo Campeonato Paranaense.
Ele falou com a imprensa presente no local e pediu respeito. “Momento difícil. Não é fácil. Estou fazendo o que tem de ser feito. Todo mundo sabe que eu luto essa causa. Infelizmente, passar por isso não é legal. Nesse momento fiquei muito próximo da minha família, e vou fazer o que tem de ser feito aqui para que essa pessoa não cometa mais isso com ninguém”, disse.