COLUNA DO MARLON
Regularidade é a chave para o desejo pelo acesso
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Pelo terceiro ano consecutivo, o CSA disputará a Série C do Campeonato Brasileiro. Neste fim de semana, o time azulino inicia mais uma trajetória tentando retomar seu lugar em uma divisão superior. Nas duas últimas edições, o desempenho ficou aquém do esperado: em nenhum momento a equipe conseguiu se firmar como candidata real ao acesso. Nem chegou perto da zona de classificação para o quadrangular decisivo.
Nesta temporada, a esperança foi renovada. A confiança da torcida cresceu diante das boas apresentações ao longo do 1º semestre. A equipe comandada por Higo Magalhães mostrou capacidade de competir, organização tática e, em vários momentos, um futebol de bom nível técnico. A consistência defensiva, a postura propositiva e o poder de reação em partidas complicadas são indícios de que o CSA pode, sim, brigar entre os protagonistas.
No entanto, a Série C exige mais do que lampejos ou boas atuações pontuais. É uma competição de tiro longo, onde o sucesso depende menos de empolgação e mais de constância. A palavra-chave é regularidade — algo que faltou nas campanhas anteriores e que, desta vez, precisa ser prioridade absoluta.
O cenário da competição é desafiador. Há grandes camisas como Figueirense, Náutico, Ponte Preta, Guarani, Londrina, Botafogo-PB e Confiança. Equipes tradicionais, acostumadas com jogos grandes e pressão. Além delas, times emergentes como Brusque, Ypiranga, Retrô e São Bernardo vêm com estrutura, elencos competitivos e projetos sólidos. É uma Série C com diversidade geográfica, estádios pesados e confrontos imprevisíveis.
O CSA tem peças experientes, jovens em evolução e um comando técnico que demonstra convicção. Mas a caminhada é longa, desgastante, cheia de armadilhas. E só quem mantiver equilíbrio emocional, padrão de jogo e capacidade de resposta rápida conseguirá sobreviver ao calendário e aos altos e baixos naturais do torneio.
O acesso à Série B é possível — mas será construído rodada a rodada. E ele só virá se o clube entender que não existe atalho quando a estrada exige regularidade como passaporte obrigatório.