loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
segunda-feira, 05/05/2025 | Ano | Nº 5959
Maceió, AL
30° Tempo
Home > Esportes

MISSÃO FORA DE CASA

Mercenários: ‘arsenal’ pronto para disputar competição nacional

Equipe alagoana de airsoft vai disputar campeonato na modalidade Speed 5x5, em Brasília-DF, entre 13 e 15 de junho

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Airsoft contém missões feitas por grupos simulando experiências de exército
Airsoft contém missões feitas por grupos simulando experiências de exército | Foto: Acervo Pessoal/Mercenários

A equipe Mercenários Airsoft Alagoas vai participar da primeira competição nacional, na modalidade Speed 5x5, entre os dias 13 e 15 de junho, em Brasília-DF: o Nacional Herd Effect. A 1ª edição é restrita aos classificados nas seletivas estaduais e regionais.

O grupo alagoano se classificou pela seletiva do Nordeste, na Paraíba, em 2024 e 2025, quando se tornou bicampeão e ficou com duas vagas na competição. O evento reunirá times de todo o Brasil e promete ser um dos maiores encontros da modalidade no País.

QUEM SÃO?

A equipe Mercenários foi fundada em janeiro de 2015. Os integrantes da época que seguem na ativa são João Paulo Almeida, Fernando da Rocha Araújo e Kildarly Lima Barros. “Nós fazíamos parte de um grupo de WhatsApp de praticantes de paintball e airsoft aqui de Alagoas, mas sentíamos que não tínhamos muita liberdade. Então, juntamos os amigos mais próximos, os três que continuam na ativa, o Felipe Caroço, que não pratica mais o esporte, e o Will, que hoje mora nos EUA, e fizemos nosso próprio grupo, que acabou se tornando nossa equipe, de forma oficial, no dia 20 de janeiro”, disse João Paulo à Gazeta de Alagoas.

“Temos um perfil muito familiar e de amizade. Somos irmãos, primos, amigos, o amigo do primo, o primo do primo... Começamos o time por afinidade e nos mantemos assim”, revelou.

O nome Mercenários veio de um apelido dado pelos fundadores do grupo original. “Isso se referindo ao fato de que não seguíamos todas as regras lá colocadas e, durante as partidas, executávamos estratégias próprias, que a gente achava melhores e não necessariamente as que eram estabelecidas por eles”, revelou.

Com dez anos de trajetória, a equipe Mercenários é formada por 22 atletas e já conquistou destaque no cenário regional, sendo bicampeã nordestina na categoria Speed. “Com o tempo, novos membros foram se unindo a nós. Durante estes dez anos, muitas pessoas passaram por aqui. Hoje temos oficialmente 22 membros, incluindo os últimos que ingressaram no início de 2025”, disse João Paulo.

Em Maceió, o airsoft ainda é praticado de forma amadora, com foco principal em jogos recreativos. A infraestrutura dedicada ao esporte ainda é limitada, o que torna o crescimento do cenário local um desafio. Os altos custos com equipamentos, vestuário e itens de segurança dificultam a popularização da prática. Assim, o grupo está em busca de patrocínios para a disputa da competição em Brasília.

Em campanha para conquistar patrocinadores e apoiadores, os Mercenários destacam que marcas parceiras terão visibilidade nacional e estarão associadas a um esporte que promove disciplina, inclusão, juventude e espírito coletivo. “Patrocínios e apoios, creio que hoje estão bem escassos para qualquer prática esportiva, sobretudo para uma que não é muito conhecida, como o airsoft. Por isso a importância de divulgá-lo no Estado”, disse João. “Hoje temos apoio da WT Airsoft Store, de Campinas-SP, que nos fornece equipamentos e acessórios ou descontos para adquirir materiais; e da Tango Down, marca de munições (BBs) que utilizamos em treinos e jogos”.

Com dificuldades ou não, o grupo se mantém ativo e apaixonado, encontrando formas criativas de treinar, em regiões de mata ou prédios abandonados.

Em 2025, o grupo Mercenários-AL foi bicampeão na operação lockdown 4 no Herd Effect 5x5, em João Pessoa-PB
Em 2025, o grupo Mercenários-AL foi bicampeão na operação lockdown 4 no Herd Effect 5x5, em João Pessoa-PB | Foto: Acervo Pessoal/Mercenários

AIRSOFT, O QUE É?

É conhecido por sua alta exigência tática, trabalho em equipe e intensa simulação estratégica, consolidando-se como um esporte moderno e em franca expansão. Na sua essência, não é uma prática competitiva. São missões feitas por grupos simulando experiências de exército, na qual uma equipe defende e outra ataca ou então as duas atacam para cumprir um determinado objetivo mais rápido.

A dinâmica do jogo é a elaboração e a execução de uma estratégia para levar um determinado objeto até uma zona especificada ou então até o praticante vai pegar aquele objeto, que está em um determinado ponto, e levar ao seu ponto inicial.

Inspirado em operações militares, o esporte utiliza marcadores (réplicas de armas de fogo) que disparam pequenas esferas plásticas não letais. E no final todo mundo ganha por participar e se desenvolver. O esporte cresce a cada ano no Brasil, atraindo jovens e adultos interessados em experiências que envolvem cooperação, estratégia, disciplina e adrenalina.

“O airsoft é um jogo de estratégia, complexo, quase como xadrez. Às vezes quem pensa mais vence. Às vezes é quem é mais cauteloso. Envolve muita coisa, uma disposição física legal, articulação, equilíbrio mental, paciência”, explica João Paulo.

Ainda segundo ele, os custos com os equipamentos podem variar de R$ 1 mil a R$ 20 mil, a depender do nível de investimento do praticante, do tempo de prática. “Há armas (elétricas ou a gás) que custam até R$ 20 mil. Máscaras variam entre R$ 300 e R$ 2 mil”, disse.

Fora as armas (ou marcadores), os materiais necessários são: máscaras, coletes, óculos (item obrigatório), joelheiras, cotoveleiras, uniforme, calçado apropriado, armas secundárias (granadas sonoras e de fumaça). O atleta pode praticar o esporte usando tênis, calça jeans e um casaco para se proteger dos ‘tiros’.

Relacionadas