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COLUNA DO MARLON

CSA e CRB – O preço da glória

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CSA empatou com o Confiança, em casa
CSA empatou com o Confiança, em casa | Foto: Ailton Cruz

A semana começou com os clubes alagoanos nas manchetes nacionais. O CSA eliminou o Grêmio em plena Arena, o CRB superou o Santos de Neymar no Rei Pelé. Foram noites que enebriaram a arquibancada. A torcida se permitiu sonhar — e não estava errada. Mas o futebol, como a vida, trata de lembrar que o encanto passa, e a ressaca chega cedo.

No fim de semana, a sequência de capítulos mostrou que o roteiro não é de conto de fadas. O CSA tropeçou em casa, empatando sem gols com o Confiança. O CRB foi até Ribeirão Preto e perdeu para o Botafogo-SP. Tropeços que, para quem analisa com calma, não são uma surpresa. Mas para quem se ilude com brilho de vitórias pontuais, parecem desastres.

No Azulão, Higo Magalhães não buscou desculpas. Falou do desgaste, da maratona entre Série C e Copa do Brasil, das viagens, da perda de intensidade. Rodou o elenco, controlou carga, apostou na gestão do grupo. O resultado não foi bom, mas o raciocínio faz sentido. Num campeonato de 19 rodadas, não se pode queimar o time em uma só.

CRB perdeu para o Bota-SP
CRB perdeu para o Bota-SP | Foto: (Foto: Lucca Morais)

Do outro lado, Barroca seguiu caminho inverso. Repetiu a formação que bateu o Santos, mesmo com sinais claros de exaustão. A derrota expôs uma escolha arriscada. E o prejuízo aumentou: Higor Meritão, a peça de sustentação do meio, será desfalque contra o Remo — que, aliás, agora é treinado por Daniel Paulista, velho conhecido da torcida regatiana.

O ponto aqui não é crucificar decisões. É entender o contexto. CSA e CRB vivem uma temporada que exige mais do que emoção. Exige planejamento. E é aí que mora o problema. Os elencos são curtos. As soluções no banco nem sempre resolvem.

Vencer o Grêmio e o Santos foi gigante. Mas manter competitividade na Série B e na Série C é outra história. Não adianta euforia se o gás acaba na curva seguinte. O futebol alagoano precisa mais do que noites inesquecíveis. Precisa de consistência. Porque no Brasil, o céu dura pouco. E o chão está sempre logo ali.

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