COLUNA DO MARLON
O Trapichão não pode encolher
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CSA e CRB vivem boa fase, empolgam suas torcidas e mostram força nas competições nacionais. O torcedor voltou a acreditar, mas o Estádio Rei Pelé limita esse entusiasmo. Com capacidade reduzida a 15 mil pessoas por questões de segurança, o Trapichão se tornou pequeno demais para a grandeza que o futebol alagoano busca.
O cenário é ainda mais preocupante quando lembramos que Alagoas já recebeu jogos de Copa dos Campeões e até de Eliminatórias da Copa. Hoje, com a limitação atual, estamos fora do radar dos grandes eventos. Não por falta de prestígio, mas por falta de estrutura. Nem a presença de Gustavo Feijó na CBF muda isso: não há amistoso da Seleção previsto em Maceió. E dificilmente haverá.
Enquanto estados vizinhos têm arenas para mais de 40, 50 ou até 60 mil pessoas, seguimos com um estádio que encolheu. O Rei Pelé, símbolo da nossa história esportiva, precisa ser tratado como ativo estratégico. O Governo do Estado, a FAF e os clubes precisam sair da inércia.
É urgente a elaboração de um projeto técnico, viável financeiramente, que preveja a ampliação e a modernização do Trapichão. Naturalizar sua decadência é desprezar a história e a paixão do nosso povo. O futebol alagoano cresce. Fora de campo, precisa de estrutura à altura.