COLUNA DO MARLON
É tempo de ASA
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Em Arapiraca, o tempo não corre em minutos, corre em esperança. Quem vive o Gigante sabe: é tempo de ASA.
Mais uma vez o clube chega às portas da Série C, a dois jogos do acesso, com a melhor campanha da Série D — 18 partidas, apenas uma derrota, sete jogos seguidos sem sofrer gol e uma consistência que chama atenção.
O desafio agora é contra o Maranhão, mas a lembrança ainda é de 2022, quando a caminhada parou diante do Pouso Alegre. Desta vez, o ASA chega mais maduro. Vice-campeão alagoano, não desmanchou, manteve a espinha dorsal, trouxe reforços pontuais para curar a ferida diagnosticada: o ataque. Will e Toscano deram peso ao setor que faltava no Estadual.
O técnico Ranielle Ribeiro define bem: são “as partidas da vida”. Não apenas dele, mas de um clube que aprendeu a jogar com equilíbrio, inteligência e intensidade.
O ASA controla o jogo, sabe quando acelerar e quando cadenciar. É assim que se sobrevive numa Série D marcada por viagens longas e campos hostis.
O Fumeirão já tem data marcada para pulsar: dia 6 de setembro. Antes, no Castelão, vem a primeira parte do desafio. Se passar, o ASA volta à Série C em 2026. Mas não se trata apenas de subir de divisão. É também reafirmar a força de um clube que carrega o apelido de Gigante não por acaso: ele é a voz do Agreste, o orgulho do interior de Alagoas, o time que transforma chão de feira em arquibancada.
O futebol, como a vida, é feito de ciclos. O futuro pode repetir o passado — mas desta vez, o ASA quer escrever o final com letras maiúsculas.
É tempo de ASA.