NO STJD
CSA entra com pedido para anulação de jogo do Anápolis
Já em coletiva, Mírian Monte oficializa saída e exibe resultado contábil do Azulão


Nessa terça-feira (2), o repórter Warner Oliveira, do Timaço na Gazeta, diretamente da coletiva da ex-presidente do CSA, Mirian Monte, revelou a informação de que o CSA entraria, juntamente com o Guarani, com um pedido de anulação da partida entre Anápolis e Guarani, pela 13ª rodada da Série C.
Na ocasião, o Anápolis venceu o Guarani por 2 a 0. Entretanto, o clube campineiro alega que houve erro de direito (aplicação errada da regra) da arbitragem, liderada por Marcello Ruda Neves (DF), pelo fato de o Anápolis ter ficado com 12 jogadores em campo por um período — o que não é permitido. O Guarani protocolou um pedido de anulação da partida para o STJD na época, e esse julgamento está marcado para esta sexta-feira (5).
Segundo Warner, o CSA entrará com um grupo de advogados para acompanhar o caso. Caso o Anápolis seja punido, o CSA se manterá na Série C, pois a equipe goiana perderia os pontos da vitória.
MÍRIAN MONTE
A presidente executiva do CSA, Mírian Monte, renunciou ao cargo nessa terça (2). Apesar do rebaixamento para a Série D – resultado classificado por ela como um “desfecho trágico” diante das chances de permanência que o time ainda possuía –, a dirigente destacou que entrega o clube com as contas equilibradas e um orçamento milionário projetado para os próximos anos.
Segundo o relatório, as receitas a receber em 2025 somam R$ 4.885.750,00, incluindo patrocínios privados, verbas do Estado e Prefeitura, programa de sócio-torcedor e um projeto aprovado pelo Ministério dos Esportes em fase de captação. Já para 2026, a previsão mínima é de R$ 8.858.000,00, com destaque para a negociação de atletas, cotas da Copa do Brasil, participação na Série D e patrocínios públicos. O orçamento consolidado ultrapassa R$ 13,7 milhões, podendo ser ampliado com novas parcerias e receitas extras.
Mírian enfatizou que todas as despesas de custeio e manutenção estão regularizadas, sem dívidas abertas, e que os pagamentos foram feitos à vista, garantindo a solvabilidade do clube. Além disso, destacou a regularidade fiscal do CSA e a preservação do patrimônio, como o funcionamento do CT, que está sem pendências.
Entre os avanços administrativos, a dirigente citou a implantação de sistemas contábeis e financeiros, novos patrocinadores, fortalecimento das categorias de base – que garantiram vaga na Copinha de 2026 e na Copa do Brasil Sub-17 –, além da aprovação do CT do CSA como sede oficial da FIFA27, o que deve gerar novas oportunidades de exposição e receita.
Mesmo com o saldo positivo na parte administrativa e financeira, ela reconheceu que os resultados em campo não corresponderam às expectativas do torcedor azulino. “Embora tenhamos conseguido equalizar as contas e garantir recursos para este e o próximo ano, os resultados esportivos não foram condizentes. É justo e razoável que outras pessoas possam buscar resultados e adotar processos diferentes”, disse.
Em entrevista coletiva no YouTube da Gazeta FM AL, Mírian lamentou o fato de que não era chamada para reuniões do Conselho Deliberativo e falou da relação entre eles. Ela não generalizou e destacou que na diretoria do clube e no Conselho há pessoas íntegras.
“Nos últimos dias, aliás, há um ano e meio, é uma luta constante, diária, para, primeiro, eu ser respeitada como pessoa. Porque o estatuto do clube dispõe ser falta grave, passível de apuração e exclusão do quadro de sócios. Há um ano e meio eu sofro diariamente violência de todo o tipo, psicológica, moral. São ofensas diárias. São áudios extremamente agressivos, diariamente. Uma relação muito difícil”, lamentou.
* Sob supervisão da Editoria