SÉRIE C À VISTA?
Sonho alvinegro: ASA chega ao tão esperado “jogo do acesso”
Derrota na ida para o Maranhão não foi como o esperado pelos arapiraquenses


Em Arapiraca, o sonho parece ao mesmo tempo próximo e distante. O ASA chegou ao tão aguardado “jogo do acesso”, objetivo traçado desde o início da temporada. O cenário parecia perfeito, com a decisão marcada para o Fumeirão. Mas o primeiro duelo não saiu como esperado.
No último sábado (30), em São Luís-MA, o Alvinegro conheceu sua primeira derrota no mata-mata da Série D: 1 a 0 para o Maranhão. O placar pode ter sido simples, mas refletiu um jogo em que o ASA esteve muito abaixo. O time maranhense dominou as ações, desperdiçou um pênalti, criou várias oportunidades e, principalmente, não deixou os alagoanos jogarem.
Para a equipe que fez a melhor campanha da competição, a derrota teve peso duplo: a sensação inédita de ser superado em campo e a responsabilidade de precisar reverter o placar agregado — com dois gols de diferença para avançar direto ou um para ir aos pênaltis.
Apesar do revés, o clima interno segue de confiança. Nos bastidores, o discurso é claro: o ASA sabe o que precisa fazer, reconhece os erros da primeira partida e confia no seu estilo de jogo. Ranielle Ribeiro não deve mudar a forma de atuar. O ASA gosta de propor, e no Fumeirão precisará jogar mais do que nunca.
Problemas, no entanto, não faltam. O goleiro Matheus Vinícius e o meia Sammuel cumprem suspensão pelo terceiro cartão amarelo e são desfalques importantes para o duelo deste sábado (6), a partir das 17 horas, no Estádio Coaracy da Mata Fonseca.
Já o zagueiro Zulu, grande destaque da temporada, ainda se recupera de lesão no adutor da coxa e é dúvida. Caso não tenha condições, Thiago Papel deve assumir a posição. No gol, Jerfesson terá a missão de substituir o titular, enquanto Thiago Alagoano, carrega a esperança de desequilibrar a decisão.
FORÇA DA TORCIDA
A maior aposta, porém, está na força do Fumeirão. O ASA transformou seu estádio em fortaleza ao longo do ano. A última derrota foi há sete meses, ainda em fevereiro, quando utilizou o time alternativo na Copa Alagoas contra o Coruripe. No ano, foram 19 partidas, 38 gols marcados e uma média de dois gols por jogo. A mesma média que embala a confiança de que os números podem se repetir, justamente quando o time mais precisa.
Com capacidade para 6.750 torcedores, o Coaracy da Mata Fonseca deve ter casa cheia neste sábado. A expectativa é de recorde de público e de uma festa alvinegra capaz de fazer tremer o agreste alagoano. São 8 anos de espera pelo retorno à Série C. Noventa minutos separam o ASA de voltar a sorrir e transformar esperança em realidade.
O Alvinegro deve ir a campo com: Jerfesson; Paulinho, Cristian Lucca, Thiago Papel (Zulu) e Charles; Guilherme, Fabrício Bigode e Thiago Alagoano; Keliton, Will e Júnior Viçosa.
E O ADVERSÁRIO
O Maranhão chega confiante. O time tem a vantagem do resultado e não sofre com desfalques por suspensão ou lesão. O técnico Marcinho Guerreiro destacou que a classificação ainda está em aberto, mas promete manter a proposta que deu certo no Castelão.
O time provável do Maranhão é: Jean; Igor Nunes, Júlio Nascimento, Keven e André Radija; Dudu, Rosivan e Vagalume; Ryan, Clessione e Rafael.
*Sob supervisão da Editoria