PESSIMISTA
Rafael diz que CSA vai perder espaço para CRB
Situação de incerteza nos bastidores do clube preocupa a torcida azulina


A situação de incerteza nos bastidores preocupa a torcida do CSA. Após o rebaixamento à Série D do Brasileiro e o afastamento de toda a diretoria executiva, o cenário administrativo ainda não está claro, em razão de pendências jurídicas. O vice-presidente executivo, Robson Rodas, disse ter interesse de assumir o posto da presidente Míriam Monte, mas, para isso, ainda precisa regularizar no cartório a ata de sua posse, que ocorreu em setembro do ano passado.
Diante de tantos problemas, o ex-presidente do Azulão Rafael Tenório disse, em entrevista ao ge, que o futuro próximo do CSA está comprometido. Essa queda, segundo ele, vai aumentar muito a diferença em relação ao rival de Alagoas, o CRB.
“Há uns seis meses, eu falei assim: ‘O CRB vai mandar no futebol alagoano. Vai ser pentacampeão, hexacampeão, vai ganhar tudo... Se perder, será para o ASA’. Mas o CSA nunca mais se levanta. Foi até uma coisa que eu falei que se profetizou”, disse Rafael, que renunciou à presidência do CSA em março do ano passado.
O Azulão ainda é o maior campeão alagoano, com um total de 40 títulos estaduais, e o CRB tem 35, mas a diferença caiu bastante neste século, com 11 taças regatianas de 2001 para cá (2002, 2012, 2013, 2015, 2016, 2017, 2020, 2022, 2023, 2024 e 2025) e quatro azulinas (2008, 2018, 2019 e 2021).
DISPUTAS NACIONAIS
Na última arrancada nacional, porém, com Rafael Tenório no comando, o CSA disputou a Série A em 2019 e foi campeão da Série C em 2017, único título brasileiro da história do futebol alagoano.
O CRB, por vez, está na Série B do Brasileiro, é atual tetracampeão alagoano e tenta, em 2026, o inédito pentacampeonato. No ano passado, o time também foi vice-campeão da Copa do Nordeste.
JOGADORES QUE MAIS ATUARAM ESTÃO FORA
Com o rebaixamento para a Série D e a temporada acabando mais cedo do que o previsto para o CSA, o time vem passando por reformulações no elenco, com a saída de vários jogadores. Dentre eles, estão os atletas que mais atuaram pela equipe no ano e que podem ser considerados alguns dos pontos positivos de uma temporada ruim do Azulão. Em 2025, o CSA disputou 47 jogos, com 21 vitórias, 13 empates e 13 derrotas.
Das 47 partidas, três atletas se destacaram tendo mais de 3 mil minutos em campo: Guilherme Cachoeira (3.449 minutos), Enzo (3.296) e Nicola (3.017), que não estão mais no clube azulino, com dois deles indo jogar em times de divisões superiores – Cachoeira foi para o Athletic-MG na Série B, enquanto Enzo foi para a Série A jogar no Grêmio, e Nicola está livre no mercado.
* Sob supervisão da Editoria/Com ge