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ANIVERSÁRIO DE 101 ANOS

Arapiraca é terra de campeões

Nos campos, ruas e tatames, a capital do Agreste está no pódio em várias modalidades

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ASA é o maior expoente do futebol de Arapiraca, com sete títulos estaduais e façanhas nacionais
ASA é o maior expoente do futebol de Arapiraca, com sete títulos estaduais e façanhas nacionais | Foto: Divulgação

O esporte também é uma das marcas de Arapiraca. Na cidade do Agreste alagoano, foram fundados clubes de futebol que se destacam, como o Cruzeiro, atual campeão da Segunda Divisão do Campeonato Alagoano, e a Agremiação Sportiva Arapiraquense (ASA), maior expoente do futebol na cidade, com sete títulos esta duais.

O Alvinegro começou a mudar o patamar e ganhou destaque ao derrotar o Centro Sportivo Alagoano (CSA) na final do Alagoano de 2000, em pleno Estádio Rei Pelé, evitando assim o inédito pentacampeonato estadual. O volante Jaelson marcou o único gol, de cabeça, no segundo tempo, e mudou a realidade do Gigante. A partir dali, o clube ganhou projeção, virou o maior campeão alagoano na década 2000-2010, com cinco títulos do Alagoano.

Outra marca do Alvinegro foi a histórica zebra na Copa do Brasil de 2002, quando o ASA eliminou o favorito Palmeiras, à época comandado pelo renomado técnico Vanderlei Luxemburgo. No primeiro jogo, o time alagoano, treinado por Ubirajara Veiga, venceu o Verdão, por 1 a 0, com gol de Sandro Goiano. Na partida da volta, os palmeirenses venceram, por 2 a 1, gols de Galeano e César. Sandro Goiano, novamente ele, descontou para o ASA. Por ter feito o gol fora de casa, o clube arapiraquense avançou de fase.

Cícero dos Santos Bezerra, o Didira, nasceu no bairro Baixão e se tornou ídolo da torcida do ASA
Cícero dos Santos Bezerra, o Didira, nasceu no bairro Baixão e se tornou ídolo da torcida do ASA | Foto: Ailton Cruz

DIDIRA: O GANDULA QUE SUPEROU A FOME E VIROU ÍDOLO

A história do esporte em Arapiraca reserva um capítulo à parte para o jogador Cícero dos Santos Bezerra, carinhosamente chamado de Didira. O menino humilde, nascido no bairro Baixão, periferia da cidade do Agreste alagoano, superou a fome, venceu todos os obstáculos que a vida lhe impôs, superou a desconfiança de muita gente e passou de gandula à maior referência do futebol de Arapiraca.

Didira ganhou oportunidade no clube do coração, não desperdiçou a única chance que teve e virou jogador profissional do ASA. Com a camisa alvinegra, foi peça fundamental na campanha que levou o Alvinegro à Série B, em 2009, chegou a jogar pelo Atlético-MG, em 2011, e foi vice-campeão da Copa do Nordeste, em 2013.

Dona Carminha achou na corrida uma saída para a depressão
Dona Carminha achou na corrida uma saída para a depressão | Foto: Acervo Pessoal

DONA CARMINHA: A MARATONISTA QUE SUPEROU A DEPRESSÃO

Nem só do futebol vive Arapiraca. Se dentro das quatro linhas os destaques são ASA e Cruzeiro e atletas como o meia Didira, fora delas a referência é a multimaratonista Maria do Carmo Cruz da Hora, carinhosamente chamada de Dona Carminha.

Com 67 anos, a atleta desafia a própria idade, bate o tempo e não cansa de alcançar conquistas pelo mundo afora. Tudo começou em meio a uma crise de depressão. Quando tudo parecia correr contra, a arapiraquense decidiu participar de uma caminhada e não parou mais. Foi o ponto de largada.

Os títulos começaram e não param de chegar. Na breve carreira esportiva, Dona Carminha já foi campeã regional, nacional e também internacional, com feitos alcançados não só nos limites brasileiros, mas fora deles, como na Colômbia e no México.

Além dos troféus e medalhas pelos resultados nas pistas, Dona Carminha ganhou uma homenagem do Governo de Alagoas. Em 2024, a multimaratonista recebeu uma menção honrosa pela história de superação no esporte.

KEVYN NICOLAS: DE ARAPIRACA PARA OS TATAMES DO MUNDO

Quem também merece destaque no esporte arapiraquense é o lutador Kevyn Nicolas. Em 2024, ele conquistou o Mundial de Taekwondo, disputado na Coreia do Sul.

Kevyn foi ouro no Poomsae Trio (Senior I - Faixa Preta) e prata no Poomsae Individual (Senior I - Faixa Preta). Para chegar à conquista, o atleta abriu mão dos estudos e do lazer em busca do título inédito na carreira.

O PALCO DO FUTEBOL ARAPIRAQUENSE

Casa do futebol arapiraquense, o Estádio Coaracy da Mata Fonseca, apelidado de ‘Fumeirão’, foi construído na década de 1950 e recebeu o nome do prefeito da cidade, à época.

O último grande jogo em nível nacional disputado no estádio foi entre ASA e Internacional-RS, pela Copa do Brasil, em 2024.

Atualmente, o Coaracy tem capacidade para 6.500 pessoas e é palco dos jogos de ASA e Cruzeiro nas competições oficiais.

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