Vasco e Corinthians decidem neste domingo a Copa do Brasil

A temporada 2025 do futebol brasileiro se encerra neste domingo (21). A partir das 18h, Vasco e Corinthians se enfrentam no Maracanã, no Rio, pelo segundo e decisivo confronto da final da Copa do Brasil. A mobilização é grande por parte dos torcedores, com todos os ingressos vendidos.

No jogo de ida, houve empate sem gols na Neo Química Arena, casa do Timão. Uma nova igualdade no placar leva a disputa para os pênaltis. Os dois times jogam por vitória. Enquanto os cariocas buscam o bicampeonato, os paulistas tentam o tetra.

PREPARAÇÃO

O pouco tempo entre os jogos impede que os técnicos façam grandes modificações. No lado do Vasco, o técnico Fernando Diniz aposta na manutenção de uma equipe aguerrida. A torcida deposita confiança na criatividade do meia Philippe Coutinho e na excelente fase do atacante Rayan para balançar as redes.

Uma possível formação deve contar com Léo Jardim; Paulo Henrique, Carlos Cuesta, Robert Renan e Puma Rodríguez; Cauan Barros, Thiago Mendes e Philippe Coutinho; Andrés Gómez, Rayan e Nuno Moreira.

Do lado corintiano, o treinador Dorival Júnior busca apagar a impressão negativa deixada no jogo de ida, quando o Timão atuou abaixo do esperado.

A equipe do Parque São Jorge tende a ser escalada com Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu; José Martínez, Raniele, Breno Bidon e Rodrigo Garro; Memphis Depay e Yuri Alberto.

ARBITRAGEM

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aposta na experiência para garantir um jogo tranquilo. Para isso, escalou Wilton Pereira Sampaio (GO) como árbitro da grande final.

Ele terá como assistentes Bruno Boschilia e Victor Hugo Imazu, ambos do Paraná, além de Paulo César Zanovelli (MG) e Nailton Júnior (CE) como quarto e quinto árbitros, respectivamente.

Na arbitragem de vídeo, Marco Aurélio Fazekas (MG) será o VAR, enquanto Helen Aparecida Gonçalves (GO) e Diego Pombo Lopez (BA) atuarão como assistentes.

TORCIDAS CONFIANTES

A Gazeta de Alagoas ouviu torcedores dos finalistas. Em comum, a expectativa é elevada pela conquista do título. Vencer a Copa do Brasil representa a renovação da esperança de que a má fase dos últimos anos possa chegar ao fim.

“DIFÍCIL NÃO SOFRER”

Morando no Rio de Janeiro, mas com raízes em Maceió, Clara Alves carrega desde a infância uma relação afetiva com o Vasco. Filha de Adjanio, um vascaíno apaixonado, ela aprendeu desde cedo a viver o clube dentro de casa. O pai acompanhou de perto diferentes fases do Vasco, com grandes ídolos à frente dos principais troféus levantados.

Após 14 anos sem conquistas nacionais, a expectativa na família é alta, e o sentimento às vésperas da decisão mistura ansiedade e confiança.

“Comecei a gostar do Vasco por influência do meu pai. Desde criança já tinha um carinho especial pelo clube, pelas camisas e pelas histórias que ele sempre contou. Teve um jogo que me marcou muito, uma vitória contra o Flamengo. Eu era bem pequena e nem lembro qual campeonato era, mas a festa foi enorme. Depois disso, meu amor pelo Vasco só cresceu”, disse.

Clara relembrou a semifinal contra o Fluminense para destacar o perfil imprevisível do time ao longo da competição.

“Foi uma classificação muito puxada, cheia de emoções. A gente começou atrás, conseguiu reagir, sofreu o empate e só decidiu no último pênalti. Espero que a final seja mais tranquila, mas com o Vasco é difícil não sofrer. Nenhum dos dois era apontado como favorito para chegar à final. Mesmo assim, acredito que o Vasco tem chances reais de ganhar”, falou.

RECOMEÇO DO TIMÃO

Quando se fala sobre o amor do torcedor pelo clube, a paixão muitas vezes supera a razão. Lucas Fontes, estudante de Psicologia, relata que o Corinthians o ‘conquistou’.

Sem ter torcedores do Timão na família, ele afirma que a influência de Ronaldo Fenômeno em 2009 foi marcante. Aos 23 anos, ele afirma que ser corintiano é apaixonante e ama tudo o que envolve o clube dentro e fora de campo.

Lucas reconhece que a década de 2020 está sendo ruim para o Corinthians, mas o título pode ser o renascimento da equipe.

“A década está demorando para começar para o Corinthians. Eu acredito que esse título da Copa do Brasil pode significar um recomeço para a equipe. Sei que existem vários problemas financeiros e extracampo que interferem bastante no rendimento do time, mas eu acredito que, caso seja campeão, esse título pode dar o impulso que faltava para se reaproximar do período vitorioso da década passada”, revelou.

*Sob supervisão da Editoria.