São Silvestre chega a 100ª edição com presença alagoana

Um evento repleto de tradição e história, que passou por diversas épocas e momentos do Brasil. A Corrida de São Silvestre chega à centésima edição e será realizada nesta quarta-feira (31), nas ruas de São Paulo, a partir das 7h25 da manhã.

O evento foi realizado pela primeira vez em 1925, idealizado pelo jornalista Cásper Líbero. A pandemia de coronavírus impediu que a corrida acontecesse de forma ininterrupta ao longo de sua história. Ainda assim, a prova atraiu visibilidade de todo o mundo ao longo dos anos.

Desde sua primeira edição até 1988, as provas foram realizadas à noite. Entre 1989 e 2011, o evento ocorreu no período da tarde. Desde então, a São Silvestre acontece pela manhã.

Ao longo da história, são 29 vitórias brasileiras no masculino, fazendo do país o maior vencedor. No entanto, o Brasil não conquista uma vitória há um bom tempo. Entre os homens, o último a vencer foi Marilson Gomes dos Santos, em 2010. Ainda assim, essa não é a maior “seca”. Entre os anos de 1946 e 1980, apenas estrangeiros terminaram a prova na primeira posição.

No feminino, Lucélia Peres foi a última brasileira a figurar no lugar mais alto do pódio, em 2006. Entre os países vencedores, o Quênia lidera com 19 títulos, Portugal venceu sete, e o Brasil conquistou cinco medalhas de ouro. As mulheres começaram a correr a prova em 1975.

Na edição de 2025, 55 mil pessoas se inscreveram. Foram 50 mil vagas abertas, além de outras 5 mil disponibilizadas por meio de sorteio. Do total de inscritos, 4.600 são do exterior, 47% são mulheres e cerca de 5.500 corredores têm mais de 60 anos.

PRESENÇA ALAGOANA

A competição atrai atletas de Alagoas todos os anos. Em 2025, o destaque vem da melhor idade.

Nascido em Penedo, Valdecir da Costa tem 61 anos e vai marcar presença pela 11ª vez. A estreia de Valdecir ocorreu em 1990. O corredor participou de todas as fases da São Silvestre.

Além de participar em benefício próprio, para manter o condicionamento físico e a saúde ativa, a presença em mais uma edição de uma das provas mais marcantes do atletismo serve também para incentivar outros corredores espalhados pela região.

INCLUSÃO

Além das provas masculinas e femininas, a Corrida de São Silvestre também abre espaço para que o evento esportivo esteja acessível a todos. Com isso, cadeirantes e pessoas com deficiência (PCD) também disputam a prova.

Embora inicialmente não houvesse um início específico, a categoria passou a ter espaço e ganhou um horário exclusivo para a largada.

Em 2025, Alagoas não terá representantes nessa categoria, mas fez bonito nos últimos anos. Em 2024, a dupla de paratletas Carlos Antônio Guedes do Nascimento, o Carlinhos, e Givaldo Augusto ficaram nas duas primeiras posições. Ambos também já participaram de edições anteriores.

PROGRAMAÇÃO

Como de costume, a centésima edição da Corrida de São Silvestre contará com diferentes largadas, de acordo com a categoria e o gênero.

A partir das 7h25, os cadeirantes abrem o evento com a largada para PCDs. Às 7h40, a elite feminina inicia a corrida, com a elite masculina entrando em ação 15 minutos depois.

Após a largada da elite e os primeiros metros da prova, as demais categorias da largada PCD vão começar às 8h06. Dois minutos depois, o pelotão premium (masculino e feminino) tem a largada autorizada. Para finalizar, o pelotão geral, composto por homens e mulheres, vai finalizar a etapa das aberturas a partir de 8h10.