Depois de meses levando a conversa na barriga, a Braskem anuncia agora um novo cronograma de desembolso de ajuda às vítimas da catástrofe do Pinheiro, mas longe, muito longe, de resolver em definitivo a situação crítica dos moradores, que já estão começando a perder as esperanças.

Sem agilizar as indenizações para que a população desalojada venha a adquirir outro imóvel, a Braskem, mesmo com os protocolos anunciados, não cumpre com os compromissos assumidos. Pelos levantamentos feitos até agora, milhares de famílias ainda não receberam o que lhes é devido, numa clara demonstração da lerdeza da empresa em cumprir com suas obrigações firmadas perante as autoridades.

Um mutirão da Justiça, envolvendo aí o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública, bem que seria importante e pertinente para que as vítimas dessa tragédia anunciada sejam ressarcidas dos seus prejuízos. A demora da causadora dos danos ocorridos é, até agora, plenamente injustificável.

O NÚMERO SOBE

A cada diagnóstico da região do Pinheiro e bairros adjacentes, sobe o número de casas afetadas e condenadas pela Defesa Civil, o que torna mais difícil à Braskem atender às reivindicações dos moradores prejudicados.

PROVISIONAMENTO

No início das providências que estavam sendo tomadas e pela pressão da sociedade contra a Braskem, foram provisionados recursos suficientes para atender às demandas e mais ainda, bloqueio de verbas para garantir as devidas indenizações. Com o passar do tempo as medidas continuam valendo, mas andando a passos de tartaruga.

RUMOS DIFERENTES

Com os problemas do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto se ampliando a cada dia que passa, candidatos a prefeito de Maceió parecem entender que nada está acontecendo. Enquanto uns visitam bairros na periferia e outros vão às lagoas observar as condições de navegabilidade, o caso do Pinheiro vai ficando para trás.

ORDEM DO DIA

Para quem acompanha o sofrimento e o desespero de milhares de pessoas no bairro do Pinheiro, é difícil de acreditar que esse assunto tão sério não entre na pauta dos candidatos a prefeito e vereadores para uma discussão ampla sobre o problema. Com certeza, mais pra frente, alguém queira capitalizar politicamente o sofrimento e o desespero daquela população.

CAINDO

A popularidade das principais lideranças políticas em Alagoas parece não andar nada boa. Em algumas pesquisas que vêm circulando nas redes sociais, é evidente o desgaste de autoridades nesses últimos meses, que caem assustadoramente no conceito popular.

RISCO

A pandemia, que já criou uma série de problemas, em Alagoas, pode causar mais um. É que servidores da Justiça Eleitoral não estão se sentindo seguros para trabalhar nas eleições e sugerem adiar o pleito previsto para o mês de novembro. É claro, porém, que o Tribunal Regional Eleitoral somente realizará qualquer ato com a certeza absoluta de que todos, servidores e eleitores, estejam devidamente protegidos.

DEFINIDAS

As eleições, que serão realizadas em novembro, já estão definidas, tanto pelo Congresso Nacional, como pelo TSE. No mais, são peculiaridades que deverão ser resolvidas até a data da eleição.

» Os quase 30 mil servidores que receberam indevidamente o auxílio emergencial vão pagar muito caro. Além de devolverem os recursos, poderão sofrer sanções severas.

» O número de servidores flagrados no recebimento indevido do auxílio ainda pode subir, depois do cruzamento de folhas da Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas e Tribunal de Justiça.

» O cruzamento de folhas de pagamento deveria ser uma prática rotineira no serviço público principalmente para quem ainda teima em burlar.

» A situação está tão séria na região de Bebedouro nas falhas geológicas provocadas pela mineração da Braskem, que até o abrigo Luiza de Marilac está com seus dias contados.