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Fatos & Notícias

Confira os destaques da política alagoana #FN10102020

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Por FATOS & NOTÍCIAS | Edição do dia 10/10/2020 - Matéria atualizada em 10/10/2020 às 06h00

A avaliação que muitas pessoas estão fazendo do rompimento político entre a família Calheiros e Luciano Barbosa é que um inferno astral se abateu sobre a cabeça do vice. Mas parece que a situação não é bem assim. Numa carta enviada na última quinta-feira para o presidente do MDB regional, senador Renan Calheiros, Luciano foi pragmático. Mostrou sua importância até agora para o partido, sua história política e sua decepção com a ingratidão como foi tratado pela cúpula da agremiação.

Mas se alguém olhar um pouco mais para frente numa projeção político-eleitoral, verá que o inferno astral tão badalado nos últimos dias despencou mesmo foi nas cabeças dos Calheiros, que terão fartos problemas nessas e nas eleições de 2022.

Ao enfrentar um turbilhão de problemas políticos nos últimos dias, Luciano Barbosa, que projetava pendurar as chuteiras em 2022 depois de assumir novamente a prefeitura de Arapiraca, por certo tem bala suficiente na agulha para atrapalhar a vida política de Renan Pai e Renan Filho.


DILEMA

Mesmo que aparentemente não deixe transparecer sua preocupação com o futuro político, o governador Renan Filho sabe que a parada a enfrentar nos próximos anos será bastante dura. Sem uma das maiores lideranças do Agreste e do Sertão, o campo político da família Calheiros, mesmo com o poder atualmente nas mãos, diminuiu bastante e terá reflexos nas próximas eleições.


VÍTIMA

Desse rompimento político e de uma aliança que durou décadas, Luciano Barbosa sai desse episódio por cima, como vítima de um sistema calheirista que só vê o poder, num misto de vingança e de soberba. Isso, embora pareça no momento que não, somente será avaliado nos próximos embates políticos, e o vice espera o momento oportuno para dar o troco


REVOLTA

Com um misto de surpresa e revolta, boa parte da população de Arapiraca acredita que seu conterrâneo Luciano Barbosa foi traído e que ali já não existe mais espaço para os Renans comandarem o processo eleitoral como sempre faziam em Alagoas.


QUEM GANHA

Se for confirmada a saída de Cícero Almeida da disputa para prefeito da capital, quem ganhará mais com isso é Davi Filho, que praticamente dobra as intenções de voto, e JHC. Pelo menos é o entendimento do Instituto Data Sensus em pesquisas recentes. Mesmo assim, ainda é difícil de prever quem irá mesmo para o segundo turno.

SEM PREVISÃO

Ao tocar obras de todo jeito nesta campanha eleitoral, principalmente na construção de novos hospitais no interior do Estado, o governo ainda não disse como vai bancar os custos depois de prontos. Contratação de médicos, enfermeiros, auxiliares, aquisição de equipamentos, materiais, suporte de serviços, como manutenção do serviço de limpeza, recolhimento de lixo hospitalar e medicamentos. Quem vai pagar a conta?


EMPURRANDO

Os policiais civis devem esperar sentados uma contraproposta razoável do governo para reajustar salários e cumprir várias etapas prometidas no acordo salarial do ano passado. Parece até que a categoria não existe. Promessas há e muitas, mas poucas atendem às reivindicações da classe.


MUDANDO DE OPINIÃO

O deputado federal Marx Beltrão esqueceu rapidamente as duras palavras que o então procurador geral de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça se referiu a seu pai, João Beltrão, durante julgamento no Tribunal de Justiça de Alagoas. Entre outras acusações, chamou o patriarca da família de a “personificação do crime organizado” e que ele deveria ser condenado exemplarmente por “homicídio duplamente qualificado”.


» A carta do vice-governador Luciano Barbosa ao senador Renan Calheiros foi uma das mais duras levadas ao conhecimento público de que se tem notícia. Traição, ingratidão, arrogância, perseguição e insensatez foram alguns adjetivos do vice que renunciou ao cargo de vice-presidente do diretório regional do MDB.

» O vice-governador foi taxativo ao dizer que não se curvará às perseguições e que buscará até a última instância o seu desejo de poder, democraticamente, disputar a prefeitura de Arapiraca com a vontade ou não dos seus adversários políticos.

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