Classificado como o segundo estado mais pobre da Federação, Alagoas parece navegar num mar de rosas se levar em consideração a construção de estradas e de hospitais em todas as regiões do estado. Mas isso terá um custo praticamente impagável para os próximos governantes, que deverão arcar com a contração através de concursos públicos para milhares de servidores e a manutenção das obras que estão sendo consideradas como emergenciais.

Enquanto se utiliza das Ocips para a contratação indiscriminada de prestadores de serviços, o governo sabe que, a partir dos próximos anos, o Estado entrará num atoleiro de dívidas, principalmente com o estouro na folha de pagamento e na manutenção dos hospitais que passou a ser uma obsessão da atual administração.

PEGANDO CARONA

O governador Renan Filho quase sempre pega carona nos históricos de administrações anteriores, mas nem sempre suas informações batem com a realidade dos fatos. Foi o caso da empresa Portobello, que disse ter sido implantada na sua gestão, mas na verdade foi criada no governo de Téo Vilela. Quanto à Coca-Cola, bem, ela já está aí há mais de 30 anos.

INGRATIDÃO

Ao inaugurar em dezembro do ano passado o Viaduto da Polícia Rodoviária Federal, mesmo que a obra não estivesse concluída, o Estado ainda incorreu no erro de desconhecer os R$ 77,4 milhões enviados pelo governo federal para a construção do empreendimento.

SEM SERVENTIA

O Polo Tecnológico construído pelo governo para atuar com eficiência no setor e promover emprego e renda para os alagoanos parece esquecido no tempo e no espaço. Até agora um elefante branco, ele não tem serventia para absolutamente nada, a não ser que ajude o Instituto Butantan na criação de galinhas poedeiras para a produção de ovos, matéria-prima para a fabricação de vacinas.

CONTRASSENSO

Em uma comparação que fez entre os últimos quatro meses de 2020 e 2021, o governo do Estado comemorou a redução do índice de violência. Mas certamente não contabilizou o efeito da pandemia, onde a população evitou sair de casa para não contrair o coronavírus. Assim sendo, não há como fazer comparação.

INDIFERENTE

O governo de Alagoas ainda não entendeu que a criação do Fecoep não foi destinada para a construção de obras físicas, mas de programas sociais para atender milhares de pessoas que vivem na miséria absoluta. Insiste em construir Centros de Segurança Pública como se isso forrasse o estômago das famílias mais necessitadas.

VÁ ENTENDER

O governo federal entrega 500 apartamentos para famílias de baixa renda no Benedito Bentes, inaugura o Viaduto da Policia Rodoviária Federal com investimentos de R$ 77,4 milhões, conclui o trecho IV do Canal do Sertão e o governador Renan Filho diz que a passagem do presidente Jair Bolsonaro por Alagoas foi infeliz.

LEGADO

Ao deixar o governo, seja para se candidatar ou cumprir o mandato até o fim, o governador deixa sua marca de indiferença com os mais necessitados o que ficará sempre na lembrança dos alagoanos. Ao decidir aplicar recursos do Fecoep em obras físicas, o governo não hesitou de fazer a opção pelas empreiteiras que fazem a festa em todo interior do Estado.

INSATISFAÇÃO

O Sindicato dos Médicos engrossou o coro de insatisfação dos servidores públicos e cobra do governo do estado um reajuste que varia de 11 a 20%, alegando que os salários estão achatados há muito tempo.

» O presidente Jair Bolsonaro não deixou por menos e despejou uma série de adjetivos sobre seus adversários políticos em Alagoas.

» Independentemente das providências que estão sendo tomadas, o prefeito JHC pediu apoio ao governo federal durante a visita presidencial para encontrar soluções para minorar o sofrimento da população atingida pela Braskem.

» Ao lado do presidente Bolsonaro e do senador Fernando Collor, o deputado Arthur Lira prometeu viabilizar recursos em Brasília para a construção do trecho V do Canal do Sertão.

» O aplicativo Denuncie, do IMA, registrou 471 ocorrências de infrações ambientais até quinta-feira (13).