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Nº 5693
Imobiliário

Presidente do Crea-AL faz balanço do ano para a engenharia em Alagoas

Fernando Dacal destaca ações que resgataram a credibilidade do Conselho

Por Redação | Edição do dia 28/12/2019 - Matéria atualizada em 28/12/2019 às 04h00

Presidente do Crea-AL, Fernando Dacal destaca avanços para a categoria
Presidente do Crea-AL, Fernando Dacal destaca avanços para a categoria - Foto: Divulgação
 

Maior participação nos assuntos técnicos referentes ao desenvolvimento de Alagoas, valorização dos profissionais habilitados e uma fiscalização mais eficiente. Este é o saldo deixado pela atual gestão do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL).

À frente da gestão está o presidente o engenheiro civil Fernando Dacal. O ano de 2020 será o sexto [e último] à frente do Conselho. Desde 2015  muita coisa foi conquistada e outras estão sendo planejadas para que o próximo gestor consiga dar sequência com maior tranquilidade. 

Como reflexo do trabalho desenvolvido, hoje o Crea-AL é uma instituição superavitária; atenta aos avanços tecnológicos; vencedora de dois prêmios que reconhecem sua nova forma de gestão e com números recordes de fiscalizações. O trabalho educativo desenvolvido pelo setor de fiscalização gerou um aumento de três vezes no número de obras regularizadas, quando comparado com 2015. 

Durante entrevista para o Imobiliário & Construção, Fernando Dacal prestou contas de suas ações no comando da instituição que tem como principais ações a fiscalização do exercício profissional e, consequentemente, o resguardo do mercado de trabalho para os engenheiros alagoanos.


Gazeta. Que ações realizadas pela gestão do Crea resgataram a imagem do Conselho?

Fernando Dacal. Desde que assumimos o Conselho sempre buscamos dialogar com entidades de respeito em Alagoas. Fechamos convênios de cooperação técnica como Tribunal de Conta de Alagoas, Casal, Secretarias de Infraestrutura da capital e do Estado, IMA e Prefeituras. Outro fator importante foi o ritmo de eventos criados pela gente em nossa sede. Hoje o engenheiro pode se orgulhar de entrar na sede do seu Conselho. Também conseguimos promover eventos gratuitos e importantes debates técnicos, como por exemplo,sobre o Canal do Sertão com viagens in loco, discussões sobre a reforma do Rei Pelé e importantes participações no caso das rachaduras do Pinheiro.


O engenheiro de hoje pode se sentir representado pelo Crea? Por quê ?

Mudamos a forma de nos comunicar para melhor. Temos mídias sociais ativas e interativas. Um espaço de atendimento mais cômodo para nossos profissionais. Além disso, estamos fazendo campanhas que valorizam nossas profissões e incentivam contratações de profissionais habilitados. E agora, no final de 2019, garantimos por meio de decisão judicial, nosso direito em poder elaborar projeto arquitetônico.


O Crea tem se preocupado com a fiscalização do pagamento do piso salarial?

Não pagar o piso salarial é uma afronta a nossa dignidade como engenheiro, profissionais do desenvolvimento. É comum os gestores entregarem obras para a população. Mas poucos refletem que o engenheiro é quem executa esses trabalhos. Iniciamos um trabalho concentrado em defesa do nosso salário. Prefeituras que lançaram concurso com o pagamento abaixo do piso foram notificadas com pedido de explicações. Eles precisam cumprir a Lei Federal nº 4.950-A. Precisam seguir o exemplo da prefeitura de Palmeira dos Índios que hoje, após nossa ação, pagam o piso aos profissionais. Em tempo, estamos ainda na luta pela melhoria do salário dos servidores públicos do Governo de Alagoas.


Sobre a descentralização dos serviços de assistência ao profissional, o Crea tem evoluído?

Tanto em Maceió como em Arapiraca temos um convênio com o Governo do Estado que nos garante postos de atendimento em suas Centrais Já. Além do conforto, garantimos economia para nossa saúde financeira. Na capital, além da sede, nossa central fica no Parque Shopping, uma região de constante desenvolvimento. Quem estiver naquela região não precisa vir para o farol. Sem contar que temos nosso aplicativo para celulares, atendimento whatsapp e o serviço online que tudo pode ser resolvido por ele.


Quais ações o Conselho vem realizando para garantir o profissional no mercado de trabalho?

Nossa equipe tem alcançado um aumento significativo no número de Anotações de Responsabilidade Técnica (ART), que triplicaram quando comparados com 2015. Um importante indicativo que constata maior conscientização do profissional.  É um documento de segurança jurídica. A lei 6.145/201, de manutenção predial, é uma das nossas grandes lutas. Estamos cobrando da prefeitura de Maceió uma rigorosa fiscalização nos condomínios e prédios públicos da capital. Alertamos a necessidade de a sociedade contratar profissionais habilitado para executar este tipo de serviço. É a garantia de um serviço seguro. Agora estamos juntos com o Tribunal de Contas de Alagoas fazendo valer o nosso convênio, onde vamos fiscalizar obras inacabadas e licitações de engenharia.


Qual a expectativa para o ano de 2020? Você acredita que a engenharia brasileira volte a ser o combustível que o País precisa para crescer? 

Um País desenvolvido precisa de uma infraestrutura dinâmica. A engenharia sempre vai caminhar com o progresso do País. Nos três primeiros trimestres de 2019 foi constatado que nossa economia segue em crescimento. O mercado da construção civil já começa a reagir ofertando mais empregos. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, anunciou outros investimentos nas áreas portuárias, ferrovias e rodovias.


Depois desse sexto ano, o que o engenheiro alagoano pode esperar do Crea?

Nosso objetivo é que até o fim de 2020 deixemos o Crea consolidado no termo finanças, um conselho superavitário, com a fiscalização mais moderna e participativa nos 102 municípios alagoanos.

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