INTEGRAÇÃO
Confira os destaques do interior alagoano #I09012020
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MANTER A MISÉRIA PARA DOMINAR
Cerca de 85% dos municípios alagoanos não possui receita própria e sobrevive basicamente dos repasses constitucionais da União, uma comprovação de que muitas dessas cidades na verdade são bolsões de pobreza e que a economia é totalmente dependente do Poder Executivo Municipal. Esse cenário cria uma situação de subserviência, por parte dos mais vulneráveis socialmente, ao assédio político durante as eleições. Quem tem a máquina administrativa nas mãos tem poder de manter boa parte dessa população vulnerável sob sua vontade. Por isso, alguns gestores não querem nem ouvir falar em atrair investidores para suas cidades. A estratégia desses “políticos” é manter o povo na miséria e sob sua tutela. Em Alagoas, podemos observar cidade com grande potencial turístico que vivem o esquecimento, simplesmente porque esses prefeitos não desejam atrair investidores que possivelmente, no futuro, possam libertar os pobres, gerando emprego e renda. Esses municípios alagoanos poderiam estar no roteiro turístico das operadoras de turismos, mas não possuem estrutura de receptivos ou roteiros implantados, sem falar na divulgação, que não existe. A ordem é manter os turistas longe desses municípios para, assim, os grupos políticos poderem dormir tranquilos e continuar o domínio sobre os miseráveis dependentes de cestas básicas e empregos na prefeitura.
TURISMO
O turismo é a terceira atividade no mundo que mais gera emprego e renda, proporcionando crescimento econômico, cultural e cidadania. Investir em turismo é realizar a oxigenação da economia com a injeção de recursos externos, que proporcionam a melhoria da qualidade de vida com saúde e educação.
VALE DO PARAÍBA
A região do Vale do Paraíba vive momentos de empobrecimento total da população depois da falência do setor sucroalcooleiro. Sem indústrias ou atividade comercial expressiva, municípios como Cajueiro, Capela e Viçosa amargam o êxodo de famílias inteiras para outras cidades. As prefeituras passam a ser a salvação. O Vale do Paraíba já teve a pompa dos senhores de engenhos e hoje vê descendentes desses “coronéis” disputando as cadeiras de prefeitos e vereadores. Todos em busca do dinheiro da “viúva”.
VALE DO MUNDAÚ
O Vale do Mundaú, região bem parecida com a do Paraíba, também vive o empobrecimento, principalmente com falência do Grupo João Lyra. Milhares de trabalhadores ficaram desempregados e atividade comercial hoje tem como base também as prefeituras. O potencial é enorme, tendo a cidade de União dos Palmares como referência para o turismo étnico, mas não há divulgação planejada e sistemática.
LITORAL SUL
No Litoral Sul, no trecho entre Jequiá da Praia e Feliz Deserto, a situação é bem parecida. Litoral lindíssimo, com características diferentes do Norte, não possui sequer um hotel de grande porte. O Litoral Sul continua sendo um desafio para o turismo em Alagoas. Apenas Piaçabuçu ainda se destaca, mas graças aos empresários que se esforçam para atrair o fluxo.
PENEDO/EXEMPLO
Em conta partida, Penedo é uma perola que tem um gestor empenhado e compromissado em consolidar o turismo. Marcius Beltrão se destaca como gestor empreendedor. O gestor não resume sua função apenas a pagar salários de servidores no final do mês e trabalha para consolidar o turismo no município.
PENEDO/BOM JESUS
Um desses eventos em Penedo é a Festa de Bom Jesus dos Navegantes, a maior do Baixo São Francisco. Ela começa amanhã, com uma grande programação que inclui Mano Walter e Bell Marques. A festa vai até o dia 12, quando ocorre a maior procissão fluvial da região.
MARAGOGI/EXEMPLO
Maragogi é outro exemplo de trabalho para geração de recursos próprios, através da atividade turística. O prefeito Sérgio Lira não mede esforços para, em parceria com a iniciativa privada, atrair mais e mais investidores e gerar empregos.
PIRANHAS
Em Piranhas, o patrimônio histórico vem sofrendo com a falta de atenção do Poder Público Municipal. A cidade sofre com buracos e falta de manutenção, além da falta de uma política de desenvolvimento do turismo. Na atual gestão, locomotiva que era um dos atrativos turísticos foi levada pela CBTU, sob a alegação que falta de cuidados e zelo e na última semana de 201, a lendária canoa de tolda afundou no rio São Francisco. Piranhas pede socorro.