O LEITE E A DOR DA FOME

Em plena pandemia do coronavírus, o governo federal deixa mais de 80 mil famílias em situação de fome, sem o leite de que tanto precisam para ainda se manter de pé na luta pela vida, que já era difícil e agora se tornou uma questão de vida ou morte. Nos mais de 20 anos do Programa do Leite, nenhum governo abandonou os famintos, mesmo aqueles que só olhavam para o Sul maravilha e governavam sob a filosofia de juntar para depois repartir, fato que nunca ocorreu e por isso hoje o Brasil possui uma das maiores concentrações de renda do mundo. Desde o início desta semana, milhares de famílias em Alagoas sentem a dor da fome no estômago devido à falta do leite que recebiam gratuitamente, graças a um programa social que surgiu no início de 2000. Nessa época, Alagoas era citada pela Unesco como o local que tinha o maior índice de mortalidade infantil da América Latina. Estava no topo do ranking, e o município de Teotônio Vilela estava em primeiro lugar em morte de “anjinhos”, porque era assim que chamavam os recém-nascidos que morriam de fome. Em segundo lugar estava São José da Tapera, como o mais miserável do continente americano. Isso atingiu em cheio a imagem do Brasil internacionalmente. De imediato, houve uma comoção nacional, gerando ações de socorro. O problema trouxe ao Sertão o então presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi a Tapera e lá deu um discurso emocionado, dizendo que, enquanto ele fosse presidente, não faltaria alimento para o sofrido nordestino e assim foi criado o Programa do Leite. Agora, depois de tanto tempo, a sombra da morte paira de novo sobre os humildes lares nordestinos.

PROGRAMA DO LEITE

O Programa do Leite é uma parceira dos governos estadual e federal, em que cada ente entra com uma parte dos recursos para compra do leite produzido pela agricultura familiar. O programa tem duas vertentes sociais importantes: movimenta a economia em dezenas de municípios do semiárido e combate à desnutrição infantil, causa de morte que fez parte de um passado no Brasil e em Alagoas.

PROGRAMA DO LEITE 2

O programa tem 3.200 produtores familiares de leite cadastrados e que, graças a essa atividade, ainda não abandonaram o campo para as cidades. Esse programa é tão importante que, segundo pesquisas sobre violência, atestam que manter a população rural no campo é umas medidas estratégicas para evitar o crescimento dos bolsões de miséria nas cidades.

PROGRAMA DO LEITE 3

Este ano, o desespero tomou conta dos pequenos produtores rurais diante da suspensão do governo federal dos recursos do Programa do Leite e da pandemia de Covid-19. Aliando a tudo isso estão mais de 80 mil famílias que contavam todos os dias com um copo de leite quente para enfrentar mais um dia de trabalho. Pode parecer muito pouco, mas, para quem não tem nada, significa um dia a mais na vida com força para trabalhar.

PROGRAMA DO LEITE 4

Alguns parlamentares abraçaram a bandeira dessa luta de vida ou morte. O senador Fernando Collor de Mello, o deputado federal Marx Beltrão e agora os senadores Rodrigo Cunha e Renan Calheiros se unem para sensibilizar o governo federal para importância do Programa do Leite. O deputado Arthur Lira, líder do Centrão, também aderiu à causa.

MARAGOGI/AEROPORTO

No último final de semana, o blog Meio Ambiente e Turismo da gazetaweb.com. trouxe, com exclusividade, uma entrevista com o prefeito de Maragogi, Sérgio Lira, que falou da construção do aeroporto no município. Uma obra do governo do Estado, em parceira com a prefeitura. Vale lembrar que o aeroporto chegou a ser contestado tempos atrás por empresários da hotelaria, que agora reconhecem a importância desse equipamento aeroportuário.

MARAGOGI/AEROPORTO 2

O aeroporto de Maragogi é agora classificado como uma obra estratégica no processo de retomada das atividades turística, não só para o município, como para toda a região, possibilitando voos ponto a ponta, sem passar por aeroportos com grandes aglomerações, além de receber voos charters. Será realmente uma nova fase para o turismo no Litoral Norte. E pensar que havia empresário contrário ao projeto.

CAMPESTRE/LOCKDOWN

O minúsculo município de Campestre ostenta proporcionalmente o segundo lugar de mortes de coronavírus. A situação é classificada como um absurdo, consequência da total falta de fiscalização.