Novos conflitos matam 14 pessoas na Col�mbia
Bogotá Soldados colombianos mataram 11 rebeldes marxistas em dois conflitos anteontem, mas também sofreram quatro baixas na terceira rodada da batalha. Tropas do governo abriram fogo contra oito integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbi
Por | Edição do dia 29/08/2002 - Matéria atualizada em 29/08/2002 às 00h00
Bogotá Soldados colombianos mataram 11 rebeldes marxistas em dois conflitos anteontem, mas também sofreram quatro baixas na terceira rodada da batalha. Tropas do governo abriram fogo contra oito integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em um enfrentamento nas montanhas próximas à cidade de Granada, na Província de Antioquia, afirmou o Exército local. Outros três rebeldes também foram mortos em outro conflito perto de San Vicente de Caguan, no sul do país. Guerrilheiros do Exército da Libertação Nacional (ELN) mataram quatro soldados perto da cidade de Carmen del Atrato, na província de Choco, na última segunda-feira. Os rios que cortam as florestas de Choco são uma rota fundamental do tráfico de cocaína e armas pelo istmo do Panamá. As Farc, que contam com 17 mil homens, são a principal força do conflito que dura 38 anos e causa a morte de milhares de civis anualmente. O novo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, no cargo desde 7 de agosto, prometeu dobrar o número de soldados profissionais para 100 mil e acrescentar US$ 1 bilhão aos gastos com a defesa para encurralar os rebeldes. Pesquisas de opinião pública mostram que os rebeldes marxistas têm pouco apoio. Eles lutam pela redistribuição de terras e uma reforma socialista, usando dinheiro conseguido com seqüestros e o tráfico de cocaína. Bloqueio de contas A Justiça colombiana bloqueou 800 contas bancárias do maior grupo de guerrilha do país, as Farc, marxistas. Por meio dessas contas, foram realizadas operações financeiras num montante de US$ 49 milhões, segundo o Ministério Público. A operação Gato negro foi realizada nos últimos quatro meses contra as Farc, anunciou, ontem, o procurador-geral, Luís Camilo Osório.