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Nº 5822
Internacional

Mandela condena ataque dos EUA contra o Iraque

Johanesburgo e Washington – O ex-presidente sul-africano  Nelson Mandela se declarou “aterrorizado” com a política norte-americana em relação ao Iraque e anunciou que condena veementemente qualquer ataque contra Bagdá (capital iraquiana) que não tenha rec

Por | Edição do dia 03/09/2002 - Matéria atualizada em 03/09/2002 às 00h00

Johanesburgo e Washington – O ex-presidente sul-africano  Nelson Mandela se declarou “aterrorizado” com a política norte-americana em relação ao Iraque e anunciou que condena veementemente qualquer ataque contra Bagdá (capital iraquiana) que não tenha recebido o aval das Nações Unidas (ONU). “Estamos sinceramente aterrorizados com o fato de que todo um país, quer se trate de uma grande potência ou de uma pequena nação, possa atacar um país independente sem consultar as Nações Unidas”, declarou o ex-presidente sul-africano, citado pela agência de notícias “Sapa”. “Nenhum país deve ser autorizado a fazer sua própria lei”, acrescentou. A Casa Branca minimizou ontem a importância das informações de que o Iraque estaria aberto à retomada das inspeções de armas da ONU e negou diferenças entre autoridades norte-americanas em relação a Bagdá. “O Iraque muda de posição sobre a permissão aos inspetores com mais frequência com que Sad-dam Hussein muda de abrigo”, disse o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, a bordo do avião Air Force One, enquanto o presidente George W. Bush voava para Pittsburg (EUA) para uma cerimônia do Dia do Trabalho. Possibilidade O Iraque deixou aberta a possibilidade de uma retomada das inspeções de armas. Ontem, Bagdá disse que vai considerar a volta dos especialistas da ONU sob um acordo abrangente sobre suas diferenças com Washington. Falando na África do Sul, ou Rio+10, o vice-primeiro-ministro iraquiano Tareq Aziz afirmou que se encontrará amanhã com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para debater a crise nas relações entre o Iraque e os Estados Unidos. Aziz disse que Bagdá consideraria a volta dos inspetores, que deixaram o Iraque em 1998, somente com um acordo sobre suas disputas com Washington. Ele disse que a interferência norte-americana nos assuntos iraquianos e as “ameaças de guerra” estão entre as diferenças. Fleischer não deu crédito às declarações de Aziz, afirmando que autoridades iraquianas “não têm histórico de confiança”.

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