Internacional
Opep descarta reajuste de pre�os em caso de guerra

Johannesburgo ? O presidente da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Rilwanu Luckman, não confirma se o cartel irá decidir pelo aumento da produção mundial do petróleo, embora esteja avaliando o cenário internacional em um eventual conflito dos EUA contra o Iraque. ?Estamos avaliando a situação no Oriente Médio. Temos ainda três semanas??, disse. Segundo ele, a Opep tem condições de aumentar a produção no caso de uma guerra na região em 7 milhões de barris diários. Atualmente, a produção chega a 21,7 milhões de barris diários. ?Sempre agimos com cautela no sentido do aumento da produção??, afirmou. Luckman, que representa a Nigéria no cartel, afirmou que o preço do petróleo é o ingrediente mais crucial para o seu país. O presidente da Opep defende que o preço da commoditie oscile entre US$ 22 a US$ 28, com ponto médio de US$ 25. ?O mundo pode ter certeza de que o preço não vai aumentar no caso de um conflito??, afirmou. Para ele, a Opep não é favorável a um preço muito alto, porque isso seria contraproducente. Mas os preços baixos, segundo ele, são danosos para o setor, e limitam os investimentos das indústrias em exploração e produção, também levando a uma queda da oferta do produto e a um consequente aumento de preço. A Opep corresponde a 75% das reservas conhecidas de petróleo, a 60% do petróleo vendido e a 40% da produção global. Rilwanu Luckman criticou a globalização e suas consequências para os países menos desenvolvidos. Para ele, muito mais grave do que a questão ambiental é a pobreza no mundo. ?A liberalização dos mercados à globalização foi proposta como uma panacéia aos países em desenvolvimento?.