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Nº 5824
Internacional

Opep descarta reajuste de pre�os em caso de guerra

Johannesburgo – O presidente da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Rilwanu Luckman, não confirma se o cartel irá decidir pelo aumento da produção mundial do petróleo, embora esteja avaliando o cenário internacional em um eventual conf

Por | Edição do dia 04/09/2002 - Matéria atualizada em 04/09/2002 às 00h00

Johannesburgo – O presidente da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Rilwanu Luckman, não confirma se o cartel irá decidir pelo aumento da produção mundial do petróleo, embora esteja avaliando o cenário internacional em um eventual conflito dos EUA contra o Iraque. “Estamos avaliando a situação no Oriente Médio. Temos ainda três semanas’’, disse. Segundo ele, a Opep tem condições de aumentar a produção no caso de uma guerra na região em 7 milhões de barris diários. Atualmente, a produção chega a 21,7 milhões de barris diários. “Sempre agimos com cautela no sentido do aumento da produção’’, afirmou. Luckman, que representa a Nigéria no cartel, afirmou que o preço do petróleo é o ingrediente mais crucial para o seu país. O presidente da Opep defende que o preço da commoditie oscile entre US$ 22 a US$ 28, com ponto médio de US$ 25. “O mundo pode ter certeza de que o preço não vai aumentar no caso de um conflito’’, afirmou. Para ele, a Opep não é favorável a um preço muito alto, porque isso seria contraproducente. Mas os preços baixos, segundo ele, são danosos para o setor, e limitam os investimentos das indústrias em exploração e produção, também levando a uma queda da oferta do produto e a um consequente aumento de preço. A Opep corresponde a 75% das reservas conhecidas de petróleo, a 60% do petróleo vendido e a 40% da produção global. Rilwanu Luckman criticou a globalização e suas consequências para os países menos desenvolvidos. Para ele, muito mais grave do que a questão ambiental é a pobreza no mundo. “A liberalização dos mercados à globalização foi proposta como uma panacéia aos países em desenvolvimento”.

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