Bagdá e Washington – Cerca de cem caças dos EUA e do Reino Unido bombardearam ontem alvos militares da defesa antiaérea iraquiana no oeste do país. O Pentágono confirmou a ação militar, porém relativou o tamanho da operação dizendo que o bombardeio sobre uma instalação de defesa antiaérea no sudoeste de Bagdá foi de “proporções normais”. O jornal londrino “Daily Telegraph” havia publicado que 12 aviões de guerra britânicos e norte-americanos lançaram bombas de precisão e que cem aeronaves fizeram parte da missão, definida como a maior operação individual sobre o Iraque em quatro anos. “O número de aviões está errado. A idéia de que foi o maior bombardeio em quatro anos está errada”, disse o tenente-coronel David Lapan, porta-voz do Pentágono. Lapan não especificou a quantidade de aviões que participou da operação, mas disse que foi de “proporções normais, dirigida a uma instalação que disparou contra aviões norte-americanos”. O bombardeio visou a um posto de comando e controle em uma base aérea localizada a 380 km ao sudoeste de Bagdá, informou o comando central norte-americano. Campanha O presidente George Bush continuou ontem sua campanha para convencer os norte-americanos da necessidade de uma ação militar contra o Iraque e apelar a seus principais aliados e à comunidade internacional para agir “antes que seja tarde demais”. Depois de deixar que seus principais colaboradores, principalmente Dick Cheney, vice-presidente, e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, se pronunciasse durante estas últimas semanas sobre a ofensiva ao Iraque, Bush agora discursa para defender o ataque. “É necessário não deixar que os piores dirigentes do mundo ameacem o mundo com as piores armas do mundo”, declarou Bush durante um comício eleitoral em Louisville (centro dos EUA). Bush tem agendado um encontro em Camp David (próximo a Wahington) com o primeiro-ministro britânico Tony Blair.