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Nº 5824
Internacional

L�der da ONU desaprova a a��o militar contra Iraque

Washington – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, afirmou ontem que ele e outros líderes mundiais estavam preocupados com as conseqüências indesejadas de uma eventual ação militar norte-americana para tirar do poder o pre

Por | Edição do dia 10/09/2002 - Matéria atualizada em 10/09/2002 às 00h00

Washington – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, afirmou ontem que ele e outros líderes mundiais estavam preocupados com as conseqüências indesejadas de uma eventual ação militar norte-americana para tirar do poder o presidente do Iraque, Saddam Hussein. “Depois dos bombardeios, que tipo de Iraque surgiria, e o que aconteceria na região? Que impacto isso teria? Essas são perguntas feitas por líderes com os quais conversei”, declarou Annan. “Conheço muitas pessoas preocupadas com as consequências indesejadas dos ataques. E isso é difícil de prever”, disse o secretário-geral a repórteres ao ser questionado sobre o desejo dos EUA de operar uma “mudança de regime” no Iraque. “A questão é o dia seguinte”, afirmou. Depois de uma reunião de cúpula no final de semana, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, concordou com o desejo do presidente norte-americano, George W. Bush, de tomar uma medida contra o Iraque. A maior parte dos líderes mundiais, porém, mostra reservas em relação a um ataque norte-americano. Annan disse que esperava pelo discurso do presidente dos EUA na quinta-feira, na Assembléia Geral da ONU. O secretário-geral também afirmou desejar que o Conselho de Segurança da ONU se manifeste sobre a questão. Bush foi ontem ao Canadá encontrar-se com o primeiro-ministro do Canadá, Jean Chrétien, que como outros líderes mundiais opõe-se neste momento a uma ação militar contra o Iraque, acusado pelo governo norte-americano de desenvolver armas de destruição em massa. Os dois dirigentes devem se reunir em Detroit, na ponte Ambassador – que liga a cidade norte-americana a Windsor, no Canadá –, a fim de divulgar seus esforços para melhorar a segurança na fronteira depois dos ataques de 11 de setembro do ano passado. “Uma fronteira segura e eficiente é fundamental para nossa segurança econômica”, disseram os líderes em um comunicado conjunto divulgado pela Casa Branca antes do encontro. O assunto principal a ser tratado pelos dois, porém, deve ser o Iraque. O Canadá, um aliado fiel dos EUA, não faz segredo das suas reservas em relação a um ataque ao Iraque antes de tentar negociar com a Organização das Nações Unidas (ONU) a volta dos inspetores de armas ao país árabe.

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