EUA temem novos ataques e entram em alerta geral
Washington e Nova Iorque Os riscos de atentados contra alvos dos Estados Unidos são muito altos, afirmou, ontem, o secretário da Justiça norte-americano, John Ashcroft, durante o anúncio do aumento do nível de alerta nos EUA, na véspera do aniversár
Por | Edição do dia 11/09/2002 - Matéria atualizada em 11/09/2002 às 00h00
Washington e Nova Iorque Os riscos de atentados contra alvos dos Estados Unidos são muito altos, afirmou, ontem, o secretário da Justiça norte-americano, John Ashcroft, durante o anúncio do aumento do nível de alerta nos EUA, na véspera do aniversário dos atentados de 11 de setembro. O nível de alerta, medido em uma escala de cinco cores, subiu para laranja, que indica alto risco de ataques terroristas e está apenas um nível abaixo de vermelho, quando o risco é severo. Desde março, o nível estava amarelo, exatamente no meio da escala. De acordo com Ashcroft, o governo dos Estados Unidos recebeu da rede terrorista Al Qaeda informações sobre possíveis ataques a alvos norte-americanos em todo o mundo. Os alvos podem ser locais de transporte ou energia. Ainda de acordo com o secretário, qualquer local nos EUA pode ser alvo de ataques de menor dimensão. A rede de televisão CNN noticiou que o diretor da CIA, George Tenet, informou ao presidente George W. Bush, na noite da última segunda-feira, a respeito de um aumento significativo na tagarelice, que poderia estar ligada à Al Qaeda. Fontes da inteligência usam a palavra tagarelice para descrever informações reunidas através de diversas fontes. Nenhuma ameaça específica foi revelada. A emissora informou, ainda, que segundo uma fonte do Congresso alguns membros do Capitólio tinham recebido um aviso, ontem, dizendo que o nível de ameaça do país aumentaria. O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, está desde a noite de segunda-feira dormindo em um local secreto, por causa dos riscos de atentados contra o país, declarou o porta-voz da Casa Blanca, Ari Fleischer. Homenagens A cidade de Nova Iorque fará hoje uma cerimônia simples para marcar o aniversário de um ano dos atentados de 11 de setembro. Estão programados discursos exaltando a democracia norte-ameri-cana e a leitura dos nomes das vítimas das duas torres do World Trade Center. As homenagens serão completadas por música, momentos de silêncio, sinos, o acendimento de uma chama eterna e a visita de parentes ao local dos atentados.