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Nº 5822
Internacional

Homenagem marcada de emo��es

Nova Iorque – A lista dos 2.801 mortos nos ataques contra Nova Iorque, lida ontem durante as homenagens em memória às vítimas de 11 de setembro, representa mais uma prova de que o massacre praticado há um ano em Nova Iorque não conheceu fronteiras. Muitas

Por | Edição do dia 12/09/2002 - Matéria atualizada em 12/09/2002 às 00h00

Nova Iorque – A lista dos 2.801 mortos nos ataques contra Nova Iorque, lida ontem durante as homenagens em memória às vítimas de 11 de setembro, representa mais uma prova de que o massacre praticado há um ano em Nova Iorque não conheceu fronteiras. Muitas pessoas emocionaram-se durante a cerimônia, que contou com a presença de parentes das vítimas, artistas e políticos. “Gordon M. Aamoth Jr., Edelmiro Abad, Maria Rose Abad, Andrew Anthony Abate”, leu em voz alta o ex-prefeito Rudolph Giuliani, que estava à frente do governo de Nova Iorque nas horas, dias e semanas mais obscuros da história da cidade, depois dos atentados terroristas contra as torres gêmeas do World Trade Center. Antes de Giuliani começar a ler os nomes de todas as vítimas, a observação de um minuto de silêncio, exatamente às 8h46 locais, na mesma hora em que o primeiro avião foi lançado contra uma das Torres Gêmeas no dia 11 de setembro passado, deu início à cerimônia para marcar o pior atentado terrorista da história dos EUA. Depois de Giuliani, parentes dos desaparecidos, políticos -entre eles a senadora por Nova Iorque, Hillary Clinton- e artistas -como Robert De Niro- continuaram lendo a longa lista, na qual se misturavam sobrenomes hispânicos, britânicos, chineses, japoneses, escoceses, africanos etc. Bandeira branca Durante mais de duas horas, foram lembrados os que ficaram no imenso cemitério no qual foi transformada a área onde antes se erguiam as torres gêmeas, e onde agora ondeia uma imensa bandeira branca, com as palavras “Nunca esqueceremos”. “Héctor Tamayo, Michael Tamuccio, Tamiro Tanaka, Michael Anthony Tanner, Joseph Tarrantino”, leu um parente, ao som da música clássica do violinista Yo Yo Ma. Na multidão presente à cerimônia confundiam-se também todos os grupos étnicos e culturais do planeta. Lentamente, familiares, de todos as cores e camadas sociais, desceram pela primeira vez, em meio a um grande silêncio, a rampa que leva ao grande buraco - tudo o que restou das bases das Torres Gêmeas, seis andares subterrâneos, onde depositaram rosas. Algumas pessoas não conseguiram reprimir os soluços. Crianças mexicanas de mãos dadas com a mãe, que ficou viúva no dia 11 de setembro, desceram também a rampa, ao lado de outros pequenos, negros, louros, asiáticos, também órfãos no dia fatídico. Pais levavam fotografias dos filhos; irmãos e irmãs, viúvos e viúvas choravam seus mortos. “Embora os prédios tenham caído, a estrutura na qual os Estados Unidos foram construídos nunca desabará”, leu Bloomberg. “Que Deus abençoe as vítimas. Amávamos todas”, foram as palavras finais, proferidas na cerimônia.

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