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Nº 5900
Internacional

Bush ignora recuo de Saddam e insiste em ataque ao Iraque

Tennessee (EUA) – O presidente dos EUA, George W. Bush, ignorou publicamente a proposta iraquiana de permitir o retorno incondicional dos inspetores de armas ao país e afirmou que a Organização das Nações Unidas (ONU) deve agir contra o presidente do Iraq

Por | Edição do dia 18/09/2002 - Matéria atualizada em 18/09/2002 às 00h00

Tennessee (EUA) – O presidente dos EUA, George W. Bush, ignorou publicamente a proposta iraquiana de permitir o retorno incondicional dos inspetores de armas ao país e afirmou que a Organização das Nações Unidas (ONU) deve agir contra o presidente do Iraque, Saddam Hussein. “Está na hora de agir contra Hussein para garantir a paz, está na hora de a ONU agir”, declarou Bush, durante uma visita a Nashville, no Estado de Tennessee (sul dos Estados Unidos). “Os Estados Unidos permanecem fortes em sua convicção de que não devemos e não vamos deixar que os piores líderes mundiais chantageiem os Estados Unidos e nossos amigos e aliados ou nos ameacem com as piores armas do mundo”, afirmou Bush, ignorando que Saddam Hussein tenha concordado em permitir a volta dos inspetores da ONU, sem impor condições. Os inspetores da ONU deixaram o Iraque em dezembro de 1998, poucas horas antes de um bombardeio dos Estados Unidos e do Reino Unido. O desarmamento do Iraque é uma das condições-chave exigidas para acabar com sanções contra o país, que foram impostas quando Bagdá invadiu o Kuait, em agosto de 1990. O Pentágono manteve seus planos para uma possível guerra contra o Iraque, apesar da proposta de Saddam Hussein de aceitar incondicionalmente a volta de inspetores de armas da ONU ao país. “Já vimos isso antes. Os iraquianos são mestres do vaivém”, afirmou uma fonte militar. “Se parássemos cada vez que eles começam, nunca acabaríamos com o programa de armas de destruição em massa deles”. As fontes, que pediram anonimato, afirmaram que os Estados Unidos estão discutindo com seus aliados britânicos a possibilidade de deslocar até seis aviões B-2, que “driblam” os radares, para a ilha de Diego Garcia, possessão britânica no Índico, o que daria mais mobilidade à frota, hoje baseada no Missouri.

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