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Nº 5824
Internacional

Cr�ticas de Lula sobre arma nuclear preocupam EUA

Washington – Doze deputados republicanos enviaram carta ao presidente George W. Bush para pedir que ele instrua o Departamento de Estado a analisar as críticas que o candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, fez rece

Por | Edição do dia 05/10/2002 - Matéria atualizada em 05/10/2002 às 00h00

Washington – Doze deputados republicanos enviaram carta ao presidente George W. Bush para pedir que ele instrua o Departamento de Estado a analisar as críticas que o candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, fez recentemente sobre a adesão do Brasil ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) “e avaliar a ameaça que sua política representa para a segurança dos Estados Unidos e do Hemisfério Ocidental”. Os parlamentares americanos referiam-se a um discurso que Lula fez há duas semanas na Escola Superior de Guerra, no qual disse que a adesão do Brasil ao TNP - feita pelo atual governo e ratificada pelo Congresso Nacional - só faria sentido se todos os países que têm armas nucleares abrissem mão delas. A carta, que foi enviada ontem (03) com cópias para o vice-presidente Dick Cheney, o secretário de Estado Colin Powell, o secretário de Defesa Donald Rumsfeld e a conselheira de Segurança Condoleezza Rice, é o primeiro sinal da mobilização de um setor da direita dos EUA diante do favoritismo do principal líder da esquerda brasileira na disputa pelo Planalto. A administração Bush não se envolveu na campanha eleitoral e tem declarado que está aberta a trabalhar com qualquer presidente que os brasileiros escolham. Na carta, os parlamentares republicanos afirmam que “evitar a proliferação de armas nucleares é uma das mais altas prioridades dos Estados Unidos, da América Latina e das Nações Unidas”. Eles lembram que o acordo que a Argentina e o Brasil firmaram no início dos anos 90, renunciando conjuntamente a fabricação de armas nucleares, “liberou centenas de milhões de dólares nos dois países para uso em propósitos sociais pacíficos”.

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