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Nº 5759
Internacional

Ataque israelense mata 14 palestinos em Gaza

Washington e Jerusalém – Os Estados Unidos criticaram ontem a condução de um ataque israelense que matou 14 palestinos na superpopulosa faixa de Gaza e pediu uma investigação do Exército de Israel. “Nós estamos profundamente preocupados”, frisou o porta-v

Por | Edição do dia 08/10/2002 - Matéria atualizada em 08/10/2002 às 00h00

Washington e Jerusalém – Os Estados Unidos criticaram ontem a condução de um ataque israelense que matou 14 palestinos na superpopulosa faixa de Gaza e pediu uma investigação do Exército de Israel. “Nós estamos profundamente preocupados”, frisou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Richard Boucher. “As operações israelenses foram executadas em áreas civis bastante povoadas e envolveram ataques em instalações médicas. É muito importante que forças israelenses realizem esses atos extremos de maneira a evitar que forças israelenses atinjam instalações civis e humanitárias”, afirmou Boucher. “Nós pedimos que o Exército israelense investigue as circunstâncias das mortes e esperamos que tomem atitudes imediatas para evitar que incidentes trágicos como esse aconteçam novamente”, disse ele. Funcionários de hospitais palestinos disseram que todos os 14 mortos eram civis, incluindo 10 pessoas mortas por um míssil disparado de um helicóptero contra uma multidão reunida perto de uma mesquita. Cerca de 80 palestinos ficaram feridos. É maior número de civis mortos desde o dia 23 de julho, quando uma bomba jogada por um avião israelense matou 13 civis, tendo como alvo um comandante militar do Hamas. Israel disse que o míssil foi lançado depois que seus soldados foram atacados e que lamentam as mortes dos civis no ataque que chamou de antiterrorista contra a cidade controlada por palestinos, em Khan Younis. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, tentou justificar ontem a incursão realizada durante a manhã de ontem em Khan Yunis, na faixa de Gaza, na qual morreram 14 palestinos, afirmando que a operação era “vital para a luta antiterrorista”, informou a rádio estatal. Sharon disse que lamentava a “morte de civis”, mas ao mesmo tempo estimou que Israel “deve garantir a segurança de seus habitantes e que a operação de Khan Yunis era vital para impedir ataques terroristas cometidos a partir desse setor”, segundo a mesma fonte.

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