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Nº 5759
Internacional

Jornal acusa os EUA por atentado em Bali

Jacarta (Indonésia) – As teorias de conspiração que tomaram conta da Indonésia depois dos ataques de 11 de setembro do ano passado ressurgem agora na forma de matérias publicadas em um jornal popular em que se sugere a participação dos EUA nos atentados d

Por | Edição do dia 16/10/2002 - Matéria atualizada em 16/10/2002 às 00h00

Jacarta (Indonésia) – As teorias de conspiração que tomaram conta da Indonésia depois dos ataques de 11 de setembro do ano passado ressurgem agora na forma de matérias publicadas em um jornal popular em que se sugere a participação dos EUA nos atentados de Bali. Artigos e comentários divulgados pelo jornal Republika, lido por muitos profissionais do país muçulmano mais populoso do mundo, revelam a profundidade de um sentimento generalizado de repúdio aos EUA. E, segundo diplomatas e políticos, esse panorama também ajuda a explicar por que as autoridades indonésias mostram-se relutantes em investir contra os grupos islâmicos radicais do país. Em um dos artigos, um analista da área de inteligência diz sobre as explosões de sábado (12) em Bali, que mataram pelo menos 181 pessoas: “É impossível que um plano dessas dimensões tenha sido elaborado por malaios. Ele só pode ter sido feito por uma superpotência”. A maior parte dos indonésios, como a maior parte da população da vizinha Malásia, é da etnia malaia. Em um outro jornal, um líder muçulmano escreveu que as suspeitas “dirigem-se acentuadamente para elementos externos, em especial para os EUA”. A Embaixada do Brasil na Indonésia afirmou ontem que há poucas chances de que os dois brasileiros desaparecidos após o atentado na ilha de Bali estejam vivos. Entre os desaparecidos após o carro-bomba explodir na frente de uma casa noturna, estão o sargento gaúcho Marco Antônio Farias, 24, que participava na missão de paz em Timor Leste, e que estava de férias em Bali no momento da explosão, e o paulista Alexandre Wataki, que trabalha numa empresa japonesa em Bali.

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